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Minha empresa quebrou e não tenho dinheiro; Dá pra recuperar?

Mesmo sem recursos financeiros é possível dar a volta por cima otimizando margens e entendendo o papel de cada dívida

23 out 2024 - 06h20
(atualizado às 08h53)
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Resumo
O empreendedorismo no Brasil tem vida curta, em média 8 anos, devido a vários fatores como a burocracia e a falta de dinheiro.
Foto: Freepik

Empreender no Brasil tem vida curta - pelo menos é isto que mostra a última pesquisa realizada pela BigDataCorp. Os dados apresentados revelam que a idade média das empresas ativas é de cerca de 8 anos, com uma taxa de mortalidade crítica nos primeiros cinco. E com o passar do tempo a situação só piora: menos de 1% das empresas brasileiras completam 10 anos de vida.

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Os motivos que levam a esta realidade são diversos, desde a burocracia e a elevada carga tributária, até a falta de planejamento e a escolha errada do ponto comercial. Entretanto, a maior reclamação por parte dos empreendedores costuma ser a mesma: a falta de dinheiro. Problemas como fluxo de caixa e falta de capital de giro são recorrentes, e a solução normalmente está relacionada a empréstimos e crédito bancário.

Mas nem sempre o dinheiro é a única alternativa, pelo menos é isto que afirma o especialista em recuperação e expansão de empresas Fred Vanitelli. De acordo com ele, o erro do empreendedor é achar que a solução para todos os problemas é apenas a injeção de capital. 

“Se o negócio vai mal e fatura menos do que gasta, a primeira ação dele é pegar dinheiro no banco e investir na empresa. Mas isso cria um ciclo sem fim, porque não resolve o problema principal, que é entender como tornar um negócio lucrativo”, explica.

Pensando nisso, Vanitelli separou os cinco principais pontos que devem ser seguidos quando um negócio começa a desandar, e como recuperar uma empresa sem precisar pegar um empréstimo no banco e se atolar de dívidas.

1. Criar um diagnóstico do negócio

Desde a concepção, a escolha da praça e do ponto é fundamental. Se você erra nessa decisão, a chance de o negócio quebrar é enorme. Além disso, é preciso sempre ter um planejamento financeiro, tanto em relação aos gastos físicos, operacionais e capital de giro. Outro problema comum é a má gestão financeira, quando o empreendedor tem pouca experiência na área e perde o controle dos gastos. Então o primeiro passo é criar um diagnóstico do negócio e entender se ele é sustentável, lucrativo ou se precisa ser ajustado.

2. Priorizar as contas

Depois que entendemos o negócio, precisamos priorizar as contas que serão pagas. E para isso eu separo em três categorias - primeiro temos aquelas contas essenciais, que se não forem pagas o negócio para. E aqui temos como exemplos salários, luz, gás e reposição de estoque. Em seguida temos as contas que podem ser cortadas, como investimento com marketing ou serviços de terceiros. Por fim chegamos nas dívidas, mas não adianta se preocupar com isto neste momento, porque antes de tudo precisamos estabilizar as contas e ficar no azul. É preciso entender que, às vezes, não vamos pagar as dívidas (pelo menos não agora).

3. Remodelar o negócio

Às vezes não basta só pensar em vender mais ou gastar menos, é preciso entender se aquele modelo de negócio faz sentido. Independente do segmento, uma coisa é certa, é preciso que o negócio tenha mais entradas do que saída. Compreendido o modelo, começamos a pensar na sua reformulação, através de pequenas ações. Neste processo existem micro ações que precisam ser feitas, e a soma destas vai trazer um resultado positivo para as contas. Estas ações são variadas, e podem ir desde a redução do custo operacional, mudanças no quadro de funcionário ou até mesmo troca de fornecedores para diminuir o custo do produto ou serviço.

4. Otimizar as margens

Existem algumas frentes de custo em um negócio que estão acima da nossa capacidade de negociação, como impostos ou aluguel. Entretanto, em outros setores nós conseguimos reduzir este montante para otimizar as margens, e ir, aos poucos, colocando uma empresa no azul. O ponto mais fácil de redução é no CMV (Custo de Mercadoria Vendida), e significa basicamente comprar melhor. 

E para isso existem duas formas: pesquisando e negociando ou tendo o capital para poder comprar em quantidades maiores. Quando falamos de uma empresa que está “quebrada”, logicamente a melhor alternativa é a primeira, tentar negociar um preço melhor com o fornecedor. Outra medida que pode contribuir para esta otimização é a criação de um planejamento de vendas, entendendo o custo do produto ou serviço e a margem que é preciso ter para fazer sentido.

5. Pensar na dívida

Uma vez que resolvemos os problemas da empresa e ela volta a dar lucro, precisamos voltar na parte das contas e pagar aquelas dívidas que deixamos pra depois. Às vezes a dívida é como o vinho, com o tempo ela fica melhor para se negociar. Depois que passa aquela “raiva” do fornecedor, e chegou em um momento em que ele acha que não vai mais receber, ele pode voltar com uma condição melhor, facilitando o pagamento da dívida.

Por isso a comunicação com o fornecedor é extremamente importante. Muitas vezes o problema da dívida não está só no pagamento, mas da falta de um retorno por parte do credor. Quando a gente explica a situação com clareza, a chance do outro entender nosso lado fica muito mais evidente.

O administrador explica ainda que, independentemente do segmento, as medidas podem ser aplicadas da mesma forma. Ele aponta que nos casos de serviços, é mais fácil resolver o problema, que na maioria dos casos é simplesmente vender mais. Já no varejo, dependendo do produto é preciso um investimento maior em estoque, o que torna a necessidade do dinheiro mais evidente. Fred também alerta que existem métodos para injeção de caixa que não envolvem questões financeiras, como a venda de ativos e captação de novos investidores.

“Também é possível usar a instituição financeira (bancos) de outras formas. Ao invés de pedir um empréstimo, o empreendedor pode antecipar os recebíveis. É um valor que já seria dele, e pode contribuir muito na hora H”, finaliza.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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