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Multinacional e executivas de peso dão curso a empresárias

27 mar 2014 - 07h00
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Uma pesquisa recente do Sebrae e da Global Entrepreneurship Monitor mostrou que, dos brasileiros que abriram negócio há menos de três anos e meio, a maioria (52%) é mulher. Ainda assim, e mesmo as mulheres sendo maioria também entre os que têm ensino superior completo, muitas enfrentam dificuldades ao tocar sua empresa.

É de olho nesse público que a multinacional de auditoria e consultoria EY (antiga Ernst & Young) criou o programa Winning Women, uma espécie de treinamento personalizado, com duração de um ano e consultoria de grandes empresárias, como Luiza Trajano (Magazine Luiza). A ideia é passar conceitos como branding, liderança, gestão e relacionamento. A segunda edição da iniciativa no Brasil está com inscrições abertas (http://www.ey.com/BR/pt/Services/Strategic-Growth-Markets/Programa-Winning-Women-Brasil); o objetivo é selecionar 15 empreendedoras (no ano passado, foram seis).

Na seleção, são considerados alguns requisitos básicos: a empresa deve ter um direcionamento estratégico, ter impacto na sociedade e alguma característica de inovação. A integridade da candidata é levada em conta, assim como o potencial de crescimento do negócio. “Mais que tudo, buscamos espírito empreendedor, buscamos mulheres que querem crescer. A ideia do programa é ajudá-las a alavancar seus negócios”, afirma a sócia da EY e conselheira do programa Andrea Weichert.

Na primeira etapa da seleção, uma equipe da EY seleciona candidatas que cumpram os pré-requisitos. Depois, seus nomes e o business case de suas empresas são levados ao grupo de conselheiras, que conta com executivas como Luiza Trajano e Sonia Hess (Dudalina). Em votação, elas decidem quem fica no Winning Women.

O diferencial do programa é o apoio de executivas de peso e a consultoria da EY. Faz-se uma análise de cada empresa e são avaliados os pontos para aprimorar. Depois, cada empreendedora é direcionada para uma conselheira que tem o ponto forte que lhe falta desenvolver. “Por exemplo, alguém do setor de varejo pode ser direcionada para a Sonia Hess e a Luiza Trajano”, diz Andrea. O enfoque é bem prático, segundo ela. Há troca de e-mails e reuniões periódicas, em clima informal.

“O programa existe há seis anos nos Estados Unidos, há três anos na Indonésia e tem um ano na África do Sul e no Reino Unido. Quando vimos como fazia sucesso em outros países, decidimos fazer algo semelhante aqui no Brasil”, conta.

Andreia defende que não há crescimento de uma empresa se não houver um crescimento de seu gestor. “Sempre digo para elas: parem de trabalhar no negócio e trabalhem para o negócio crescer. Pois assim vocês não conseguem ver a gestão de outro patamar”, explica, ressaltando a importância do planejamento estratégico.

Fonte: PrimaPagina
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