Personalizar brindes de Natal ajuda a impactar clientes
Apesar de opção ser mais cara, estratégia deixa marca positiva da empresa. Mas é preciso cautela para que ação não se transforme em gafe
Esqueça aquele monte de panetone que você pensa em dar para as pessoas de todas as empresas com as quais seu negócio se relacionou em 2015. Cancele a compra daquelas caixas de calendário com seu logo. Um brinde de Natal que realmente impacta é aquele pensado especialmente caso a caso.
Seis ótimos motivos para não deixar de investir na crise
Emilia Bertolli, diretora de operações da Intelligenzia, agência de marketing B2B – entre empresas –, explica que “ninguém quer ser outdoor de marca”. Ela acrescenta: “Se você deseja que o cliente use seu presente, tem que ser algo cada vez mais personalizado”.
E Emilia aplica o que ensina. A empresa dela dará, neste ano, um ticket que vale uma camisa, sob medida, para executivos com quem a firma tem relacionamento. “É um presente customizado, dado por nós, que oferecemos um atendimento também customizado para as empresas com as quais trabalhamos”.
Para Rafael Carauta, da Infinito Promo, especializada em ações B2B, a escolha do brinde depende de quem é o cliente e da importância dele para a empresa. “Dar presentes diferentes custa mais, pois quando se compra em escala, é possível conseguir desconto. Mas, para compensar, esse tipo de presente chama mais a atenção”.
Carauta, que é profissional de atendimento, reconhece a necessidade de planejar bem os gastos em tempos de crise. “Quanto vale investir? Depende muito do retorno que o cliente dá para sua empresa. Em alguns casos, o ideal é fazer um grande evento para todo mundo, um show, um jantar.”
Sem saia justa
Se a opção for presentear todos aqueles que se relacionam com a empresa, é importante ficar atento para não desprestigiar ninguém, enfatiza a diretora de operações da Intelligenzia. “Se você lida, por exemplo, com um executivo e dois gerentes, os presentes dados a eles não podem ter uma diferença muito grande, pois isso causaria uma saia justa”, diz Emilia.
Para ela, é importante ter cuidado na hora de escolher brindes, à primeira vista, criativos, mas que podem soar impróprios. “É preciso observar qual a política da empresa na qual o cliente trabalha, pois algumas colocam limites de valor ou proíbem receber bebidas alcoólicas.”
Na mesma linha, Rafael Carauta alerta que oferecer ao cliente uma garrafa de espumante ou champanhe, algo comum nesta época do ano, ao invés de causar boa impressão pode se tornar uma gafe. “Você não sabe, por exemplo, se a pessoa é religiosa e não bebe, ou se é um alcoólatra em recuperação. É melhor evitar.”
Carauta também recomenda cautela em relação ao uso do humor. Segundo ele, o que parece uma boa sacada, quando sai do campo das ideias, nem sempre rende um resultado engraçado “Dependendo do que fizer, o retorno pode até ser negativo”, finaliza.