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Premiada, escola ensina alunos de 6 a 11 anos a empreender

Colégio de Brasília cria projeto que estimula crianças a terem ideias de negócios e oferece orientação para colocá-las em prática

19 mai 2015 - 07h00
(atualizado em 23/6/2015 às 16h43)
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Qual é a melhor idade para começar a empreender? Um projeto desenvolvido por uma escola de Brasília mostra que pode ser muito antes do que você imagina. Em 2014, o Colégio Vitória Régia criou um programa para estimular mais de 400 alunos de 6 a 11 anos a desenvolver ideias de negócios e colocá-las em prática. A iniciativa foi um sucesso e ajudou a escola a se tornar uma das vencedoras da edição 2015 do Prêmio MPE Brasil, oferecido pelo Sebrae.

Apertem os cintos, os bancos sumiram

A inspiração veio de uma iniciativa semelhante adotada por escolas da região Sul, conta a fundadora e proprietária do colégio, Régia Madureira de Oliveira. “Em 2013, vi uma notícia sobre escolas da região Sul que estavam desenvolvendo um projeto junto com o Sebrae para ensinar empreendedorismo para as crianças. Pesquisei a iniciativa e decidi trazê-la para cá”, diz.

Em 2014, o Colégio Vitória Régia desenvolveu o projeto Jovem Empreendedores Primeiros Passos com 417 alunos
Em 2014, o Colégio Vitória Régia desenvolveu o projeto Jovem Empreendedores Primeiros Passos com 417 alunos
Foto: Divulgação

O programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (Jepp) foi implantado no Colégio Vitória Régia em 2014, quando envolveu 417 alunos de 6 a 11 anos. As crianças eram estimuladas a ter uma ideia de empreendimento e recebiam apoio e orientação da escola para colocá-la em prática. “Uma das turmas decidiu fazer uma loja de temperos. Para isso, eles aprenderam a arrecadar dinheiro com vaquinhas e, economizando em cofrinhos, compraram as sementes, plantaram, secaram, embalaram e venderam. Depois, elas tiveram de decidir o que fazer com os lucros obtidos”, conta Régia.

Outra ideias postas em prática foram a fabricação de essências e perfumes, e a confecção de brinquedos a partir da sucata. “Uma coisa é tentarmos explicar para eles o que é lucro ou prejuízo, outra é eles vivenciarem isto com uma empresa”, acrescenta a proprietária do colégio.

Toda essa mobilização contagiou até mesmo uma das professoras da instituição, que iniciou um negócio de venda de caixas para guardar bijuterias. Outro caso curioso foi o de uma aluna que convenceu a tia, que era dentista, da importância de divulgar o seu negócio para conseguir mais clientes. “Como é tudo muito prático, as crianças amaram e abraçaram o projeto desde o começo. Também é um sucesso junto aos pais, pois eles veem a empolgação das crianças”, afirma Régia.

Escola foi uma das vencedoras da edição 2015 do Prêmio MPE, oferecido pelo Sebrae
Escola foi uma das vencedoras da edição 2015 do Prêmio MPE, oferecido pelo Sebrae
Foto: Divulgação

Professora empreendedora

A iniciativa de ensinar empreendedorismo tem a ver com a própria trajetória de Régia, ela mesma uma professora empreendedora. A mestra empresária conta que a ideia de empreender na área de educação surgiu depois trabalhar por oito anos na rede pública, onde desempenhou as funções de professora e coordenadora pedagógica. “Na escola pública a gente não tem o que precisaria ter, e não conseguimos fazer tudo o que gostaríamos. Eu sempre imaginei uma instituição na qual as crianças pudessem aprender de uma forma diferente, com jogos e brincadeiras”, diz.

Com esta ideia em mente, ela juntou suas economias e começou a construir o próprio colégio. No meio das obras, no entanto, o dinheiro acabou, mas ela conseguiu concluir o empreendimento graças ao apoio de um sócio. “Começamos a receber as primeiras turmas de ensino infantil em 2003. Nesta época tínhamos apenas quatro salas de aula e seis professores, mas desde o início contávamos com horta e pequenos animais como tartaruga, coelho, peixes e pássaros”, lembra.

A proposta di

ferenciada levou a escola a crescer ao longo dos anos. Atualmente, ela conta com 72 funcionários e 850 alunos dos ensinos infantil e fundamental. Ao longo dos mais de dez anos de existência do colégio, Régia sempre buscou adotar práticas inovadoras de ensino, como o projeto de estímulo ao empreendedorismo.

Fonte: PrimaPagina
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