Saiba como lidar com uso de redes sociais pelos funcionários
Acesso a sites como Facebook e Twitter nem sempre é prejudicial. É preciso avaliar o impacto na produtividade para definir a política da empresa
O Brasil está entre os países que mais acessam redes sociais no mundo, rivalizando com os Estados Unidos na quantidade de usuários do Twitter, Facebook e YouTube, por exemplo. A situação não é diferente no ambiente de trabalho. Muita gente deixa uma janela do navegador com o Facebook aberto enquanto realiza suas atividades cotidianas. Diante dessa situação, muitos empresários e gestores temem que o hábito prejudique a produtividade dos funcionários. A preocupação, no entanto, pode ser infundada.
O uso das redes sociais pelos funcionários pode tanto gerar consequências positivas quanto negativas para a empresa, afirma Renato Buiatti, professor de Comunicação e Cultura Digital da Universidade Positivo. “Muitas pessoas dizem que cai o rendimento, mas nem sempre isso é verdade. Pode acontecer de aumentar a satisfação do empregado e ele passa a desempenhar suas tarefas com maior agilidade. Então, é preciso antes avaliar o impacto que está tendo na produtividade dos funcionários para saber se realmente está prejudicando”, diz.
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Caso o uso das redes sociais não esteja comprometendo a produtividade, ele acredita que uma eventual proibição pode desmotivar os funcionários ou até estimulá-los a encontrar formas de acessar as redes secretamente. “Proibir é a pior maneira de lidar, pois pode instigar mais o desejo de usar, especialmente em empresas onde a pessoa trabalha o tempo inteiro na frente do computador. A melhor saída, neste caso, pode ser negociar com os empregados, talvez abrindo um período do dia em que as pessoas possam entrar”, acrescenta.
No entanto, Renato ressalta que o uso de redes sociais é incompatível com alguns ambientes de trabalho, especialmente se a pessoa tiver contato direto com o público. “Eu vim da área digital, já tive agência de publicidade, então defendo o uso das mídias sociais. Porém, é impensável o funcionário de um banco ficar acessando o Facebook no meio do expediente, então é preciso levar em conta o contexto de trabalho”, afirma o professor da Universidade Positivo.