Serviços de beleza mantêm alta acelerada de preços
Setor, muito influenciado por renda da população, registrou altas de até 4%
Mesmo com a economia em desaceleração – e mesmo diante de sinais de que o país pode enfrentar recessão neste ano –, o setor de beleza continua reajustando seus preços em ritmo elevado. Os clientes se mantêm dispostos a pagar um pouco mais por serviços de costureiro, manicure, cabeleireiro e depiladores, como sugerem os dados mais recentes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, indicador usado pelo governo para monitorar a inflação.
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No primeiro trimestre, o IPCA subiu 3,83%, puxado principalmente pelo reajuste de energia elétrica. A maioria dos serviços de beleza subiu menos do que isso, mas todos avançaram mais de 1% e quase todos mais de 2%. Este é um sinal de que o mercado de serviços, muito influenciado pela variação da renda da população, permanece aquecido.
O IBGE detectou as seguintes altas entre janeiro e março: depilação (4,16%), manicure (2,92%), cabeleireiro (2,61%) e costureira (1,08%).
No mesmo período, o instituto registrou variações maiores em habitação (9,15%, que incluem os reajustes na conta de luz), educação (7,00%, influenciados pelos reajustes das mensalidades escolares), transportes (4,55%) e alimentação e bebidas (3,50%). Subiram menos, ou caíram, os itens saúde e cuidados pessoais (1,63%), artigos de residência (0,93%), vestuário (-0,71%) e comunicação (-1,03%).