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Michael Jackson morreu devendo R$ 2,7 bilhões; entenda

Arquivo judicial revela que cantor tinha mais de US$ 500 milhões em dívidas em 2009

29 jun 2024 - 19h14
(atualizado às 19h48)
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Michael Jackson morreu devendo R$ 2,7 bilhões; entenda
Michael Jackson morreu devendo R$ 2,7 bilhões; entenda
Foto: Reprodução

Um documento judicial oriundo do espólio de Michael Jackson, divulgado nesta semana, revelou que o cantor enfrentava dificuldades financeiras significativas antes de sua morte em 2009. As dívidas acumuladas pelo Rei do Pop ultrapassavam US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões), segundo o arquivo.

Credores e processos

Quando morreu aos 50 anos, pouco antes da turnê "This is It", Michael Jackson deixou um complexo conjunto de ativos e passivos. Conhecido por seu estilo de vida luxuoso, ele acumulou dívidas significativas, incluindo gastos com o Rancho Neverland, compras de arte, joias e jatos particulares. Um contador forense revelou que Jackson destinava mais de US$ 30 milhões anuais ao pagamento de juros, principalmente relacionados às dívidas com a AEG Live, empresa que organizava suas turnês.

De acordo com o documento, apresentado ao Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, Jackson ainda devia aproximadamente US$ 40 milhões à AEG Live. O arquivo detalha que 65 credores apresentaram reivindicações após a morte do cantor, resultando em vários processos judiciais, com juros e taxas elevadas adicionando-se às dívidas.

A dívida veio à tona quando os administradores do espólio de Jackson, John Branca e John McClain, submeteram documentos judiciais para aprovar o pagamento de cerca de US$ 3,5 milhões a escritórios de advocacia pelos serviços prestados no segundo semestre de 2018. No arquivo, os executores afirmam que a maioria das dívidas foi quitada e a maioria dos litígios resolvida.

Negócios milionários com a Sony

Durante as décadas de 1980 e 1990, Michael Jackson arrecadou centenas de milhões de dólares com álbuns de sucesso e turnês globais. Milionário, em 1985 ele decidiu comprar o catálogo de músicas dos Beatles por US$ 47,5 milhões, e o negócio se provou um dos melhores investimentos de sua vida.

O conteúdo acabou vendido posteriormente para a Sony/ATV Music, que lhe rendeu uma participação de 50% na empresa. Em 2016, a Sony comprou essa participação por US$ 750 milhões, pagando ao espólio.

Em 2023, a Sony voltou a negociar com os responsáveis pelos direitos do artista, comprando 50% do catálogo musical do cantor por aproximadamente US$ 600 milhões. Esta transação avalia o catálogo completo em cerca de US$ 1,2 bilhão, o que envolve direitos de execução e gravação de suas músicas, bem como sobre projetos cinematográficos.

Portanto, por mais que tenha dívidas pendentes, Michael Jackson ainda gera muito lucro para seus herdeiros. Por sinal, eles estão atualmente em disputa com a Receita Federal dos EUA após uma auditoria fiscal sobre as recentes negociações do espólio.

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