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Microfranquias: o que você precisa saber antes de investir 

Mesa de empreendedores no Terra teve como tema as microfranquias

31 ago 2022 - 16h21
(atualizado às 18h31)
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Participantes da Mesa Empreendedora do Terra
Participantes da Mesa Empreendedora do Terra
Foto: Divulgação

As microfranquias têm chamado a atenção dos investidores por serem a forma mais acessível de entrar no mercado de franchising. Apesar do nome ser uma novidade, quem pretende investir pode ficar tranquilo de não ser um produto da moda. 

Como abrir e administrar uma microfranquia:

Microfranquia sempre existiu, mas não se chamava de microfranquia. Em um estudo descobrimos que grande parte das franqueadoras desse segmento já existe há mais de 10 anos”, disse Sidnei Amendoeira, da Associação Brasileira de Franchising (ABF). 

O advogado participou da Mesa de empreendedores nesta quarta (31) que teve como tema as microfranquias. Além do advogado, estiveram na mesa o empreendedor Bruno Rodrigues, sócio fundador da Artes Filmes, e Mercia Machado Vergili, da GSPP consultoria de franquias, e juntos debateram as principais informações que os interessados devem saber para investir nesse segmento. A mediação foi da jornalista Paola Cecchi. 

Quais as vantagens de investir em uma microfranquia 

Investir em uma franquia já pode ser um bom começo no mundo do empreendedorismo, por contar com um negócio validado. 

A consultora Mercia Vergili conta ainda outra vantagem: “Na franquia você vai receber um negócio pronto, que você vai ter alguém que vai te ensinar e te ajudar na gestão do negócio. Isso dá uma segurança”. 

Especialmente no caso das microfranquias, o investimento é menor e o retorno mais rápido. Sidnei Amendoeira comenta que “o retorno é acelerado, em comparação com uma franquia maior”. 

No caso das micro, o retorno do investimento tende a acontecer em média de oito meses, enquanto em outras franquias o prazo será maior de um ano.

O que saber antes de investir em uma microfranquia

Começar a franquear não é um processo tão simples, e os negócios precisam estar em um bom estado de maturidade para isso. 

O empreendedor Bruno Rodrigues, sócio fundador da Artes Filmes, pode contar pela própria experiência, hoje como dono de uma franqueadora: “A Artes Filmes tem dez anos, mas começou a franquear só com sete ou oito anos. A gente construiu um portfólio, trabalhamos bastante, pra depois começar a franquear, então trabalhamos bastante antes. Franquear é um processo totalmente diferente, é um CNPJ diferente.”

Por isso, o mercado de franquias é um investimento relativamente seguro. Mesmo assim, requer cuidados por parte do investidor. Uma dica de Sidnei Amendoeira é ler com cuidado a Circular de Oferta de Franquia (COF), documento que contém informações importantes sobre o histórico da franqueadora como dados e contatos de franqueados. 

A COF é assinada antes de fechar o negócio definitivamente. “Com isso o interessado pode entrar em contato com os franqueados para ter mais informações”, disse o especialista.    

A consultora Mercia Machado Vergili dá o passo a passo para quem quer investir em uma franquia: “O primeiro passo é procurar um segmento que você tenha sinergia, afinidade. Depois procurar as franquias disponíveis neste segmento e estudar as opções”. 

A especialista conta que, depois de escolher, o franqueado terá orientações do franqueador como qual o melhor modelo de franquia a implementar, sendo quiosque, loja, entre outros, além de dizer quais equipamentos ela precisa investir e qual o modelo de formalização do negócio, se será MEI, ME, entre outros. 

Quem procura uma franquia home-based, comum em microfranquias, tem que se preocupar em ter um espaço em casa que seja só para trabalhar, alerta Vergili: “A interrupção na casa, com barulho, não é interessante”.

Outro ponto é ver se o seu perfil se encaixa no modelo de negócios da franqueadora: “Por exemplo, se ele vai atuar em uma franqueadora que fornece os clientes e ele vai fazer o atendimento, ele precisa ter um perfil, já se ele vai ter uma franquia onde ele precisa ir atrás dos clientes, ele precisa ter um outro perfil”, concluiu Mercia Vergili. 

Redação Dinheiro em Dia
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