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Migrar para os EUA: sobram empregos na área da Saúde

EUA irão contratar profissionais de saúde e mercado está aberto para profissionais brasileiros

3 set 2022 - 03h00
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Foto: Reprodução

Uma boa notícia para quem sonha em viver nos Estados Unidos, as emissões de green cards, como são chamados os vistos de residência permanente que garantem o direito de morar e trabalhar nos EUA, também aumentaram e atingiram o seu segundo maior patamar da história, com 17.952 novas expedições para brasileiros. 

E a falta de mão de obra tem tido uma grande importância no avanço desses números, apenas no primeiro trimestre deste ano, os Estados Unidos tinham 11,5 milhões de vagas de emprego abertas, o maior número já registrado na história do país.

A demanda continua crescendo mais do que a disponibilidade de profissionais. No setor da saúde, desde o início da retomada da economia americana, no chamado pós-pandemia, houve um êxodo de trabalhadores do mercado. 

O movimento é motivado por diferentes fatores, entre elas a busca por salários melhores, o conforto de benefícios para desempregados e um grande número de trabalhadores se aposentando. Segundo estimativas do próprio governo dos EUA, o país precisa atualmente de mais de 16 mil trabalhadores de cuidado primário (médicos e enfermeiros), 11 mil novos dentistas e 7 mil profissionais da área da saúde mental para acabar com a falta de mão de obra especializada na área.  

A chamada “fuga dos jalecos” do Brasil já é uma realidade, muitos profissionais da saúde estão mudando de vida e país, trocando os reais pelos dólares, mas antes é preciso fazer os processos para revalidação do diploma e emissão de visto para trabalho nos EUA.

“Temos uma demanda de vagas, existe uma necessidade de mão de obra e profissionais brasileiros cada vez mais capacitados, por isso a chamada fuga de jalecos, de profissionais da saúde que estão buscando essa nova vida nos Estados Unidos. Atualmente são muitos médicos, enfermeiros, dentistas e fisioterapeutas que esperam encontrar mais reconhecimento e melhor qualidade de vida”, explica o advogado Leonardo Leão, fundador e CEO/consultor de imigração e negócios internacionais da Leão Group.

Mas não basta arrumar as malas e partir...

Parece simples, eles precisam de profissionais e o médico, fisioterapeuta, profissional de enfermagem ou dentista está aqui, pronto para arrumar as malas e voar para uma nova vida na terra do Tio Sam... Não é tão simples assim, alerta Leão.

“Todas as etapas devem ser respeitadas antes de uma mudança para os Estados Unidos. As autoridades americanas são pragmáticas e eficientes, se você cumprir a lei e realizar todo o processo de visto de forma correta, você conseguirá sua permissão para atuar nos Estados Unidos”, explica Leão, que há mais de quinze anos trabalha com resultados expressivos quando o assunto é migração para os Estados Unidos.

Ainda sobre a falta de mão de obra na saúde, Leão lembra que não é uma exclusividade apenas para esses profissionais, que outras áreas, como tecnologia, engenharia, entre outras também estão carentes de profissionais qualificados.

Os vistos permanentes para os EUA, são divididos em EB-1, EB-2, e EB-2 NIW. Cada categoria traz diferentes exigências, mas todas esperam que o imigrante comprove interesse e condições de contribuir com alguma demanda da sociedade americana. Para profissionais brasileiros, as categorias EB-2 e EB-2 NIW são as que trazem melhores oportunidades, pois visam justamente suprir carências no mercado de trabalho americano. É o visto que permite ao estrangeiro com uma carreira sólida adquira um trabalho nos EUA e possa viver com sua família no país.

“É importante salientar que não é preciso ser milionário ou um gênio para conseguir um visto de trabalho nos EUA. O tipo EB-2 são para pessoas focadas, o cidadão comum, aquele que quer trabalhar, contribuir com a sociedade americana, existe hoje uma preocupação das autoridades dos Estados Unidos em acelerar a ida desses profissionais, eles (americanos) precisam, mas é sempre bom lembrar, que é preciso cumprir todos os requisitos para obter o green-card”, alerta o especialista.

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