Minério de ferro recua em Dalian por preocupações com guerra comercial
Os preços futuros do minério de ferro afundaram nesta segunda-feira, puxados pelas tarifas retaliatórias entre EUA e China que ampliaram a guerra comercial global.
O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 3,36%, a 762,5 iuanes (US$104,31) a tonelada.
No início da sessão, os preços caíram para 754 iuanes, valor mais baixo desde 21 de março.
O minério de ferro de maio de referência na Bolsa de Cingapura recuava 2,8%, a US$97,8 a tonelada, tendo alcançado uma mínima de quase três meses no início da sessão, a US$96,4.
Choques externos nos mercados globais, impulsionados pelas novas tarifas dos EUA, pressionarão os preços do minério de ferro no curto prazo, disse a corretora Galaxy Futures em nota.
O mercado acionário chinês recuou nesta segunda-feira diante do agravamento da disputa entre as duas maiores economias do mundo, que ameaça prejudicar os fluxos comerciais e provocar uma desaceleração na demanda global.
A China retaliou na sexta-feira com tarifas adicionais de 34% sobre todas as importações dos EUA, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs uma tarifa de 34% sobre a maioria dos produtos chineses.
Problemas com a guerra comercial têm ofuscado o aumento da demanda pelo ingrediente de fabricação de aço, em meio à elevação da produção pelas siderúrgicas durante a temporada de pico de construção em março e abril.
A produção de ferro gusa, normalmente usada para medir a demanda de minério de ferro, registrou um aumento mensal de 14.500 toneladas para 2,3873 milhões de toneladas, de acordo com dados da corretora Everbright Futures.
