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Ministério defende construção de hidrelétricas de médio porte por segurança do sistema elétrico

Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Hélvio Neves Guerra, diz que sistema precisa dessas usinas para permitir a maior inserção das usinas eólica e solar

11 nov 2019 - 13h22
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O secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Hélvio Neves Guerra, defendeu a construção de hidrelétricas de médio porte para trazer mais segurança energética ao sistema elétrico e auxiliar na maior inserção das fontes eólicas e solar, caracterizadas pela intermitência.

"Temos um potencial de 15 mil MW de usinas de médio porte, entre 300 MW e 400 MW, localizadas sobretudo nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste", disse o secretário nesta segunda-feira, 11, durante o evento Desafios e Oportunidades para as Energias Renováveis no Brasil, organizado pela Fundação FHC.

Secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Hélvio Neves Guerra
Secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Hélvio Neves Guerra
Foto: Agência Brasil/ Reprodução / Estadão

Com o esgotamento do potencial hidrelétrico próximo aos centros de carga, a geração hidrelétrica tem avançado por novas fronteiras, em áreas mais sensíveis do ponto de vista ambiental. Em função disso, o Brasil fez uma opção por praticamente abandonar a construção de hidrelétricas com reservatórios, que trazem mais segurança ao sistema elétrico ao estocar água para geração de energia nos momentos de estiagem.

"Antes, as hidrelétricas eram construídas a 500 quilômetros do centro de carga. Hoje, a mais de 3 mil quilômetros. À medida em que vamos nos afastando dos centros de carga, a construção de usinas com reservatórios se torna cada vez mais difícil", admitiu Guerra, comentando a dificuldade de se viabilizar a implantação de uma usina de grande porte em função das questões ambientais.

Também no evento, o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Junior, citou um exemplo de como esse novo cenário influenciou a estratégia da estatal. Em 2016, quando assumiu a presidência da estatal, o executivo disse que a empresa desenvolvia estudos de 32 projetos hidrelétricos, que totalizavam 25 mil MW de capacidade. "Hoje, por conta das questões ambientais, estamos desenvolvendo 18 usinas, que somam 15,7 mil MW de capacidade. Não é que nós construímos 14 usinas nesse período. Tivemos que desistir destes empreendimentos", afirmou Ferreira Junior.

De acordo com o Guerra, o sistema elétrico precisará das hidrelétricas e das térmicas a gás natural para permitir a maior inserção das usinas eólica e solar. Isso porque o regime de produção de energia destas duas fontes apresenta grande variação ao longo do dia, o que traz riscos ao fornecimento de energia para o sistema. "Precisamos da energia firme das hidrelétricas e do gás natural", disse o secretário adjunto do MME.

Estadão
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