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Ministro rejeita proposta de reajuste de 27% para servidores

Em reunião com representantes de entidades sindicais, Nelson Barbosa (Planejamento) disse que "não há espaço fiscal" para aumentos desse nível

20 mar 2015 - 16h22
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<p>Nelson Barbosa, ministro do Planejamento</p>
Nelson Barbosa, ministro do Planejamento
Foto: José Cruz / Agência Brasil

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, rejeitou nesta sexta-feira a proposta de reajuste salarial do funcionalismo público em 2016 de 27,3%, após reunião de negociação com representantes de centrais sindicais e dos servidores públicos.

"Não há espaço fiscal para atender essa demanda de imediato", disse o ministro, que se reuniu com representantes de 41 entidades e oito centrais sindicais para dar início à negociação, que abrange 1,4 milhão de funcionários públicos federais ativos e inativos, no maior e mais complexo acordo salarial do País.

Os servidores reivindicam reajuste de 27,3% baseado na reposição de perdas da inflação entre agosto de 2010 e julho de 2016, considerando projeções de inflação para este e o próximo ano.

Ao rejeitar a proposta, Barbosa disse que o objetivo é estabelecer um percentual de aumento que garanta redução da despesa com pessoal em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que em 2014 foi de 4,3%.

Barbosa disse que a meta do governo é estabelecer um acordo para os próximos três ou quatro anos para dar previsibilidade às contas públicas. A política de reajuste até 2015 foi fechada em anos anteriores.

O governo federal está coloca em prática um duro ajuste fiscal, que engloba corte de gastos, aumento de impostos, revisão de desonerações e subsídios e fim de repasses do Tesouro para bancos públicos, com o objetivo de fazer o setor público voltar a ter superávit primário.

A negociação do Planejamento com os servidores continuará até agosto, com o ministro indicando ser preciso tempo para saber como as receitas irão se comportar.

O integrante do Fórum Nacional dos Servidores Rudney Marques disse que os servidores propuseram ao governo um reajuste escalonado para "não sangrar os cofres públicos".

De acordo com ele, o aumento de 27,3% resultaria em um impacto de R$ 40 bilhões nos cofres públicos.

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