Moeda comum no Mercosul visa facilitar relações e não substituir moedas, diz Galípolo em sabatina
Indicado do governo ao BC disse ainda que medidas tomadas pela equipe econômica geraram a perspectiva de flexibilização monetária em breve
O economista Gabriel Galípolo, indicado pelo governo para a diretoria de Política Monetária do Banco Central, disse nesta terça-feira, 4, em sabatina à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que o plano de ter uma moeda comum entre os membros do Mercosul não visa substituir moedas nacionais, mas facilitar as relações entre parceiros comerciais.
Respondendo a perguntas de senadores, o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda também afirmou que as soluções de moeda comum que estão sendo consideradas são para o longo prazo e buscam evitar que o Brasil perca espaço na balança comercial de outros parceiros.
Galípolo disse ainda que medidas tomadas pela equipe econômica geraram a perspectiva de flexibilização monetária em breve.
Em fala inicial aos senadores, o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda também afirmou que houve muitos momentos na história em que as políticas fiscal e monetária do país apontavam para direções diferentes, mas que desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a equipe econômica decidiu trilhar o "caminho mais difícil" da harmonização.
"As medidas até aqui implementadas produziram no primeiro semestre a valorização da nossa moeda, previsões de um déficit primário menor, aprovação de uma nova regra fiscal, projeções de crescimento mais elevado, menor inflação e o mercado já projeta taxas de juros mais baixas e cortes na taxa de juros futura", disse Galípolo.