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Mourão afirma que 'núcleo duro' da Petrobrás não será privatizado

Ao comentar a indicação para a presidência da Petrobrás, o vice-presidente da República eleito, Hamilton Mourão, confundiu Roberto Castello Branco com o economista Gil Castello Branco

19 nov 2018 - 15h26
(atualizado às 15h29)
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BRASÍLIA- O vice-presidente da República eleito, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira, 19, que as áreas de prospecção e de inteligência da Petrobrás não serão privatizadas. Ele também elogiou o nome do futuro presidente da empresa estatal, Roberto Castello Branco, confirmado nesta segunda-feira para assumir a estatal no governo Jair Bolsonaro.

"O núcleo duro da Petrobrás, que é onde estão a prospecção e a inteligência, o conhecimento, isso não vai ser privatizado. Agora podemos negociar distribuição e refino, é algo que pode ser negociado", disse o general da reserva.

Mourão deixou em aberto a possibilidade de privatização das áreas de refino e distribuição da Petrobrás.
Mourão deixou em aberto a possibilidade de privatização das áreas de refino e distribuição da Petrobrás.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil / Estadão

O vice-presidente, ao elogiar o nome indicado para presidente da Petrobrás, confundiu Roberto Castello Branco com Gil Castello Branco, economista e secretário-geral da Associação Contas Abertas, entidade que fomenta transparência.

"Acho um nome extremamente competente, o Gil Castello Branco, excelente, e vai manter essa gestão de recuperação que a empresa tá passando", disse Mourão.

O convite a Roberto Castello Branco foi noticiado pelo Estadão na edição impressa segunda-feira, 19. Ele foi diretor do Banco Central e da Vale e fez parte do time de especialistas reunidos pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para debater propostas para o setor.

Sobre o cronograma de atividades, disse que pretende se reunir amanhã com Jair Bolsonaro e que está recebendo no CCBB "pessoas das mais diversas áreas que vêm trazer as suas ideias para o governo de transição", em temas relacionados, por exemplo, a saúde e INSS.

Mourão disse também que está em estudo a possibilidade de a vice-presidência assumir atribuições da Casa Civil. "Uma vez que as atribuições do ministro Onyx são amplas, se houver a concordância de todos, a gente pode organizar isso de uma forma que seja mais eficiente e eficaz para o governo", disse.

Estadão
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