Movimentação nos portos do Brasil cresceu 4,28% no 1º semestre, com maior volume desde 2010
Conforme o balanço da Antaq, produtos como petróleo e derivados, minério de ferro, soja e açúcar estão entre os destaques no transporte
BRASÍLIA - A movimentação de cargas nos portos brasileiros entre janeiro e junho deste ano é a maior para um primeiro semestre desde 2010. Conforme o balanço da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), divulgado nesta quarta-feira, 7, o aumento em relação ao mesmo período do ano passado é 4,28%, com 644,76 milhões de toneladas movimentadas.
Na avaliação dos dados, produtos como petróleo e derivados, minério de ferro, soja e açúcar se destacaram. As cargas conteinerizadas apresentaram recorde para o período, atingindo movimentação de 73,3 milhões de toneladas, 22,72% a mais na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os granéis sólidos, que representam cerca de 60% de tudo que é movimentado pelos portos, tiveram alta de 3,65% frente ao primeiro semestre de 2023. No período, foram registradas 383 milhões de toneladas de cargas movimentadas. Os granéis líquidos e gasosos ficaram com indicadores estabilizados. As cargas gerais apresentaram um recuo de 2,02%.
Recorte por região
- Sudeste — Os portos apresentaram os melhores resultados no semestre. Com 322,5 milhões de toneladas movimentadas, a alta foi de 6,1%. O destaque foram as movimentações de petróleo e derivados - sem óleo bruto (+19,62%) e o minério de ferro (+10%).
- Sul — Os complexos portuários movimentaram 90,8 milhões de toneladas de cargas nos primeiros seis meses do ano, um crescimento de 4,6%, com altas predominantes no transporte de açúcar (+77,60%) e soja (+18,31%).
- Nordeste — A movimentação na região, que representa 23,1% de tudo que é movimentado no País, cresceu 4,1%, com 149,2 milhões de toneladas. Os itens com maior movimentação no período foram ferro (+6,16%) e petróleo e derivados (+2,38%).
- Norte —Foram movimentados 79,5 milhões de toneladas de cargas, um acréscimo de 0,6% nos seis primeiros meses de 2024, com destaques para o milho (+17,92%) e a bauxita (+3,16%).