MRN obtém licença prévia para projeto de bauxita de R$5 bi no Pará
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) -A Mineração Rio do Norte (MRN) obteve licença prévia junto ao órgão ambiental federal Ibama para o Projeto Novas Minas (PNM), de bauxita, que prevê investimentos de 5 bilhões de reais em cinco anos, na região oeste do Pará, informou a companhia nesta terça-feira.
Com o projeto, a companhia -- que tem como acionistas Glencore, com 45% de participação, South32 (33%) e Rio Tinto (22%) -- planeja ampliar a vida útil de sua mina por mais 15 anos, de 2027 a 2042, mantendo a produção média atual de 12,5 milhões de toneladas anuais de bauxita.
Com a emissão da licença prévia, a MRN trabalhará agora na construção do Plano de Gestão Ambiental (PGA) e Plano Básico Quilombola (PBAQ) junto às comunidades dos Territórios Boa Vista e Alto Trombetas II, que busca prevenir, mitigar e compensar os impactos levantados no Estudo de Componente Quilombola.
A construção e validação do PGA e do PBAQ serão fundamentais para obtenção da Licença de Instalação, cujo cronograma está previsto para início de 2025, acrescentou a companhia.
O PNM, segundo a MRN, vai possibilitar a mineração de bauxita em cinco novos platôs: Rebolado, Escalante, Jamari, Barone e Cruz Alta Leste, abrangendo os municípios de Oriximiná, Terra Santa e Faro.
"Celebramos este marco da Licença Prévia do PNM e vamos seguir com as demais etapas de licenciamento junto aos órgãos competentes, respeitando a sustentabilidade e a história de cada um de nós que construímos a MRN", disse em nota o diretor-presidente da MRN, Guido Germani.
Líder na produção de bauxita no Brasil em 2023, a MRN registrou a venda de 12,7 milhões de toneladas, 1% menor em relação ao ano anterior. Destas vendas, 64% foram direcionadas para refinarias brasileiras, 19% para a América do Norte, 7% para a Europa e 10% para a Ásia.