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MT eleva previsões de safras de soja e milho, mas vê produção menor ante 16/17

5 fev 2018 - 18h29
(atualizado às 18h41)
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A safra de soja de Mato Grosso na temporada 2017/18 foi estimada nesta segunda-feira em 30,98 milhões de toneladas, aumento de 374,5 mil toneladas ante previsão anterior, devido à melhora na expectativa da produtividade média, informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Lavoura de soja em Primavera do Leste, no Estado de Mato Grosso, Brasil
07/02/2013
REUTERS/Paulo Whitaker
Lavoura de soja em Primavera do Leste, no Estado de Mato Grosso, Brasil 07/02/2013 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

A alta na previsão confirma expectativa de que a safra está indo bem de maneira geral no Brasil, maior exportador global da oleaginosa. Na sexta-feira, a consultoria AgRural chegou a apontar um novo recorde para a colheita nacional acima de 116 milhões de toneladas.

O Imea, órgão ligado aos agricultores do principal Estado produtor de grãos do Brasil, também elevou a projeção de safra de milho 2017/18 nesta segunda-feira em 2,7 por cento ante previsão anterior, para 25,4 milhões de toneladas, devido a um aumento de 5 por cento na área plantada, o que mais do que compensou uma redução na produtividade média projetada.

No caso da soja, a estimativa da área plantada nesta safra não sofreu modificação ante ao último levantamento, ficando em 9,42 milhões de hectares, com alta de 0,17 por cento ante a safra anterior.

O Imea afirmou que o início da colheita de soja começa a trazer novas perspectivas acerca das produtividades a serem obtidas nas lavouras e elevou em 1,2 por cento a previsão para uma média 54,78 sacas por hectare, na comparação com o levantamento de dezembro. O volume, contudo, ainda apresenta uma queda de 1,1 por cento ante o recorde do ano passado.

Segundo o Imea, parte dos produtores está obtendo produtividades históricas e outros registram problemas com as chuvas e consequente quebra nos rendimentos.

"Outro ponto a destacar é que ainda restam mais de três quartos da área a ser colhida, de modo que o mês de fevereiro vai ser decisivo para consolidação das produtividades, seja em função do reflexo da chuva na colheita ou no desenvolvimento das cultivares tardias", afirmou o Imea em nota.

Por enquanto, o instituto vê uma queda de 0,95 por cento na produção ante o recorde da temporada passada.

MILHO

A área do milho em Mato Grosso, cujo plantio está em fase inicial, foi revisada para 4,46 milhões de hectares, o que representa um aumento de 5 por cento frente a estimativa, mas uma queda de 5,88 por cento ante a temporada passada.

"Apesar das cotações do milho ainda exibirem patamares inferiores aos observados no mesmo período do ano passado, tal suavização na redução de área se deve a parcial recuperação das cotações nos últimos meses, o que trouxe uma visão mais otimista ao mercado...", disse o Imea.

Por outro lado, as incertezas climáticas e o custo alto de produção podem vir a reduzir os investimentos com tecnologia na nova safra, impactando diretamente na produtividade do Estado.

"Assim, a produtividade passa a ser estimada em 94,9 sc/ha na média do Estado, trazendo uma redução de 2,2 por cento frente a estimativa anterior e de 11,4 por cento em relação à safra 2016/17", disse o Imea.

Apesar do aumento da previsão de produção para 25,4 milhões de toneladas, esse volume representa uma redução de 16,6 por cento na comparação ao recorde da temporada passada.

ALGODÃO

O Imea continua estimado um aumento da área de algodão no Estado em 15,8 por cento frente a safra anterior, para 725,6 mil hectares, devido a preços mais atrativos na comercialização a termo, que permitiram a negociação antecipada de grandes volumes da pluma de algodão.

Mas o órgão reduziu em 1,07 por cento produtividade do algodão em caroço no Estado, para 258,4 arrobas/hectare, decorrente dos eventuais atrasos no fluxo da semeadura do algodão na safra 2017/18.

Dessa forma, a produção do algodão em pluma foi estimada em 1,14 milhão de toneladas, o que ainda seria um novo recorde, com alta de 7 por cento na comparação anual.

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