Quem quer que vença as eleições brasileiras no próximo dia 26 terá de lidar com a "mudança” na área econômica – forçada pelo mercado ou implementada pelo governo, defende um artigo assinado publicado nesta terça-feira no jornal britânico Financial Times.
O texto, parte de um material que ocupa ¾ de página no diário financeiro, avalia que a economia brasileira terá de enfrentar um ano "duro” em 2015, possivelmente tendo de adotar medidas "dolorosas” para fazer a transição de um modelo econômico baseado no consumo interno e no boom das commodities, para outro, onde o crescimento venha através de investimentos produtivos.
O autor do texto, o articulista John Paul Rathbone, contrapõe o desempenho da presidente Dilma Rousseff no terreno econômico, que considera "decepcionante", com as promessas do candidato opositor, Aécio Neves, de promover um "choque de gestão" para revitalizar a máquina econômica do país.
Apesar do discurso mais favorável à iniciativa privada de Aécio, Rathbone observa que a presidente está à frente nas pesquisas. Se sua eleição for confirmada, ele argumenta, isto significaria que a economia continuaria "pedalando" em 2015.
O candidato a governador de São Paulo Alexandre Padilha beija a mulher durante coletiva após o resultado das eleições em hotel na Alameda Santos, em São Paulo
Foto: Alex Falcão / Futura Press
O candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, concede entrevista coletiva ao lado do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, após o resultado das eleições em um hotel na Alameda Santos em São Paulo
Foto: Alex Falcão / Futura Press
O candidato do PSB, Rodrigo Rollemberg, concede entrevista coletiva na quadra 4 do Setor Comercial Sul, zona central de Brasília, DF, neste domingo (5)
Foto: Charles Sholl / Futura Press
O candidato ao governo do Estado pela Coligação São Paulo Quer o Melhor (PMDB-PROS-PSD-PP-PDT), Paulo Skaf, fala durante coletiva de agradecimento após o encerramento da apuração dos voto
Foto: Ayrton Vignola/Skaf Oficial / Divulgação
O governador reeleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), concede entrevista coletiva em Curitiba, PR, na noite deste domingo (05)
Foto: Joka Madruga / Futura Press
O governador reeleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), concede entrevista coletiva em Curitiba, PR, na noite deste domingo (05)
Foto: Joka Madruga / Futura Press
Rui Costa é eleito o governador da Bahia com 54,18% dos votos
Foto: Rui Costa/ GOVBA / Divulgação
Geraldo Alckmin comemora a reeleição ao Governo do Estado de São Paulo
Foto: Paulo Lopes / Futura Press
Governador do Rio Grande do Sul que tenta a reeleição pelo PT, Tarso Genro comemora a ida da disputa ao segundo turno
Foto: Guilherme Santos/UPPRS / Divulgação
Candidato do PMDB ao governo gaúcho, José Ivo Sartori comemora a virada que o colocou no segundo turno
Foto: Twitter do candidato / Reprodução
Marcelo Crivella (PRB) irá participar do segundo turno junto com Fernando Pezão, do PMDB
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Paulo Câmara foi eleito governador de Pernambuco no primeiro turno das eleições 2014
Foto: Agência Brasil
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"Ela (Dilma) fez campanha em uma plataforma de nenhuma mudança nas suas políticas econômicas, se colocando em uma posição política sem saída", escreve. Para o autor, o país precisa de um "empurrão de credibilidade para reconstituir a confiança do investidor".
Isto é reforçado por dois fatores: a reacomodação em patamares mais baixos dos preços das commodities, fonte de renda para o Brasil; e a possibilidade de os EUA elevarem suas taxas de juros, o que deve implicar saída de capitais de países em desenvolvimento.
"Qualquer que seja o resultado das eleições, a mudança está chegando para o Brasil – seja pela força da economia em movimento ou implementada pelo governo", avalia Rathbone.