Mulheres ainda precisam provar capacidade e acreditar mais em si
Vice-presidente do SERAC acredita que é preciso acreditar no próprio potencial e entender desafios comuns
Em março, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e ainda são muitos os desafios a serem enfrentados por elas. Da necessidade de se provarem mais no mundo corporativo às diferenças salariais e questões enfrentadas para conciliar maternidade e trabalho, é preciso entender que a perfeição não existe.
De acordo com Carla Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas, sendo referência nas áreas contábil, jurídica e de tecnologia, muitas mulheres não acreditam no próprio potencial e não sabem onde podem chegar.
“No SERAC, somos quase 80% de mulheres. O mundo contábil é muito feminino. E eu tento levantá-las, vibrando por elas cada vez que uma conquista acontece. Percebo que muitas mulheres não têm a força necessária por questões emocionais, por cobranças sociais”, conta.
A executiva explica que participa de muitos grupos de empreendedorismo feminino e percebe que, ao contrário do que acontece no empreendedorismo masculino, as mulheres ainda estão crescendo nos negócios e procurando ocupar melhor seu espaço.
“Percebo que o empreendedorismo feminino ainda está em crescimento. Há muitas mulheres que tiveram que recomeçar de alguma forma na pandemia, outras mulheres com mais idade que estão no processo de não depender mais de alguém e querem seu próprio dinheiro, ou seja, há muitas mulheres começando, tentando se firmar”, afirma.
Ninguém é perfeito
Para Carla Martins, é preciso que as mulheres entendam que nem sempre darão conta de tudo e está tudo bem.
“Penso que independentemente da condição financeira, os desafios que as mulheres enfrentam, ainda que em graus diferentes, são muito parecidos, assim como as cobranças sociais que recebem. Muitas não sabem delegar ou acham que delegar é errado. Foram ensinadas de uma determinada forma e precisam aprender a se desprender destas regras e ensinamentos”, reflete.
Segundo a vice-presidente do SERAC, que tem 50% da liderança do sexo feminino, é preciso que as mulheres se coloquem, ocupem seu lugar e busquem levantar outras mulheres todas as vezes em que for possível.
“Como sempre fui da área de RH, sempre cuidei muito da organização neste sentido. Trabalho com esta mentalidade e tento levantar outras mulheres. Vibro para que tenham força e gosto que me sigam para ver onde podem chegar e entendam que eu também enfrento desafios”, avalia.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.