Como funcionava esquema de golpe que envolveu mãe da modelo Carol Trentini
Lourdes, mãe de Carol Trentini, acreditou estar falando com a filha em uma conversa por WhatsApp e perdeu R$ 125 mil para golpistas
Polícia Civil de Goiás realiza segunda fase da Operação Paenitere contra quadrilha que aplicava o 'golpe do número novo' e movimentou R$ 7 milhões.
A Polícia Civil de Goiás realizou, na quinta-feira, 7, a segunda fase da Operação Paenitere, que investiga uma quadrilha especializada no chamado "golpe do número novo". O grupo passou a ser investigado depois que a mãe da modelo Carol Trentini, Lourdes, foi vítima dos golpistas em 2021.
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Na época, o caso gerou muita repercussão. A modelo foi em vários programas de TV fazer um alerta sobre o que viveu. Quando caiu no golpe, a mãe de Carol estava em Santa Catarina e recebeu mensagens de uma pessoa se passando pela filha e pedindo dinheiro.
O golpista estava preso em um presídio de Goiás, o que levou a Polícia Civil do Estado a assumir as investigações.
Segundo o delegado Maytan Santana, o preso aplicou o golpe dentro da instituição de detenção. Ele realizou as comunicações com a mãe da modelo, extraiu uma quantia de cerca de R$ 125 mil e enviou o valor para seis beneficiários.
Com o aprofundamento das investigações constatou-se a existência de uma associação criminosa composta por vários integrantes, muitos deles egressos do sistema prisional, que migraram para esta modalidade criminosa, cada qual com suas respectivas funções.
Eles praticam golpes contra vítimas residentes em todo o Brasil e movimentaram, em um curto período de quase um ano, aproximadamente R$ 7 milhões e 100 mil.
Santana reforçou ainda que os "laranjas", que vendem ou emprestam suas contas para serem usadas nesse tipo de golpe, também estão entre os investigados. "Eventualmente se alguém dizer que esse pessoal que vendeu ou emprestou a conta não pode ser preso, vou mostrar a prova que esse pessoal também foi preso, justamente porque é partícipe desses crimes", afirmou.