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Não Caia Nessa

Dona de brechó é acusada por aplicar golpe em mais de 200 clientes, somando R$ 5 milhões

O brechó online de luxo Desapego Legal é citado em quase 100 processos judiciais

27 jan 2025 - 08h53
(atualizado às 09h15)
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Francine Prado, dona do brechó de luxo Desapego Legal
Francine Prado, dona do brechó de luxo Desapego Legal
Foto: Reprodução/Instagram

Um brechó de acessórios de luxo, com mais de 220 mil seguidores no Instagram, está no centro de uma série de denúncias de calotes. A dona do brechó online Desapego Legal, Francine Prado, é acusada por mais de 200 pessoas de não pagar pelos itens entregues a ela e que foram revendidos pela loja virtual. Ao todo, o prejuízo seria de cerca de R$ 5 milhões.

A situação foi detalhada em uma reportagem no programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo 26.

A empresa é citada em quase 100 processos judiciais, além de haver vários boletins de ocorrência abertos contra Francine e seu marido, em diversos Estados. No site Reclame Aqui, onde clientes deixam queixas sobre empresas, o brechó aparece como "não recomendado", tendo recebido 183 reclamações.

Ainda assim, o perfil do brechó online continua ativo nas redes sociais e, após a reportagem, apenas restringiu quem pode deixar um comentário nas publicações.

Um dos entrevistados foi o baiano Lázaro Felipe. Ele contou que construiu uma clientela de quem pegava peças de luxo e enviava para Francine vender, em troca de uma comissão. A relação caminhou bem até 2023. "Eu já estava muito conhecido em Salvador, começando a fase de conquistar os meus sonhos. Mas tudo virou pesadelo", contou à emissora.

No ano passado, porém, ele parou de receber os pagamentos pelas peças que enviou para a mulher. Para honrar os compromissos com seus clientes, Lázaro disse que fez um empréstimo de R$ 50 mil com agiotas, além de ter vendido o carro que tinha. Ele contou ainda ter feito várias cobranças à Francine, que sempre dava desculpas.

O Ministério Público de São Paulo disse em nota que o brechó está sendo investigado para esclarecer as denúncias. A sede física que a empresa mantinha ficava localizada em um prédio em frente ao MP em São José dos Campos (SP), mas está fechada.

O marido de Francine enviou uma nota ao Fantástico, afirmando que a empresa passa por dificuldades financeiras, mas que nunca teve intenção de fraudar ou prejudicar qualquer pessoa. Ele também disse que já fechou um acordo com cerca de 400 fornecedores.

Fonte: Redação Terra
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