Script = https://s1.trrsf.com/update-1731943257/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Não Caia Nessa

Golpes por SMS e ligação: confira dicas para se prevenir

Especialista em direito digital explica como não cair nas armadilhas; público com mais idade costuma ser alvo dos criminosos

10 abr 2024 - 05h00
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Golpes por SMS e ligação afetam principalmente adultos mais velhos e idosos. Para se prevenir é necessário refletir e entrar em contato para verificar a veracidade das informações, não fornecer dados sensíveis ou clicar em links suspeitos. Caso aconteça, é importante avisar às instituições bancárias envolvidas e a polícia.
Adultos mais velhos e idosos costumam ser alvos dos golpistas
Adultos mais velhos e idosos costumam ser alvos dos golpistas
Foto: Reprodução/Freepik

Mesmo com os avanços tecnológicos nos celulares, os golpes por SMS e ligação -- ferramentas consideradas ultrapassadas pelos jovens --, ainda fazem muitas vítimas. Diante de tal cenário, os alvos preferenciais dos golpistas são os adultos mais velhos e idosos.

Um estudo da empresa de cibersegurança Silverguard aponta que 26% dos casos ocorreram com pessoas acima de 40 anos. O índice foi de 19% para os maiores de 60. Do outro lado, o grupo que tem entre 18 e 39 anos registrou apenas 5%.

Cenário

Para a advogada e especialista em direito digital Maria Heloísa Chiaverini, as possíveis vítimas precisam estar atentas aos cenários que estão inseridos para identificar as ações dos golpistas. Ela explica que, por exemplo, é importante discutir quais são os principais tipos e técnicas que eles usam para enganar as pessoas.

"O criminoso tem o objetivo de manipular a vítima psicologicamente, principalmente as pessoas que têm menos conhecimento ou menos acesso ao contexto tecnológico", afirma.

Confiança e urgência

Antes de aplicar o golpe de fato, a especialista aponta que o criminoso tenta criar um ambiente de confiança e, ao mesmo tempo, de urgência com a vítima.

"Eles costumam usar palavras, frases que são atrativas para gerar uma situação de urgência, como o seu CPF foi usado em uma compra fraudulenta. Isso é um clássico que eles colocam. Então, a vítima recebe um SMS ou até uma ligação com esta frase: 'Entre em contato com o seu banco para saber mais informações desta fraude'. Outra frase comum: 'A sua conta foi bloqueada'".

Ameaças

Por outro lado, a situação de urgência também pode vir com ameaças e uma linguagem mais agressiva, a exemplo de cobranças de dívidas e possíveis sanções. "Em alguns casos, eles usam a linguagem de persuasão, trazendo urgência, do tipo: 'Olha, se você não resolver essa pendência agora, você vai tomar uma multa, você vai ser preso'. Eles usam essas técnicas bem agressivas para deixar a pessoa realmente coagida."

Cuidados

Caso o usuário seja surpreendido com alguma dessas abordagens, a advogada destaca que a vítima não forneça nenhuma informação pessoal e dados bancários. Além disso, a especialista alerta para a necessidade de buscar os canais oficiais. Nesse caso, é importante que o próprio cliente busque ajuda e utilize o serviço que já conhece.

"Pode ser que você tenha uma conta em determinado banco, mas você não esperava essa ligação. Desliga, não passe seus dados pessoais de forma alguma, dado bancário, dado sigiloso, dado confidencial, não passe de forma alguma", frisa.

Suposta premiação

Outra artimanha usada nos golpes é o anúncio de prêmios e quantias chamativas. Quem não gostaria de tirar a sorte grande, não é mesmo? Só que para receber o ‘presente’ é necessário passar algum dado ou até mesmo clicar em algum link. É nesse momento que a 'boa notícia' pode virar um pesadelo, de acordo com a advogada. Nesse momento, vale até uma pesquisa na internet sobre a suposta premiação. É possível que surjam milhares de vítimas que sofreram o mesmo golpe.

"Um outro, assim, que ainda é clássico, que infelizmente ainda acontece, é a simulação de sequestro. Então, a pessoa liga para aquela pessoa mais velha e fala: 'Eu sequestrei sua sobrinha, filha, neto, e você tem que me pagar agora, não sei quantos mil reais, senão eu não vou liberar. É uma mentira, mas eles também conseguem persuadir a vítima a passar os dados bancários ou até fazer uma transação financeira", alerta.

Simulação de sequestro

Nos casos de simulações de sequestro, a dica é antiga, mas válida para confirmar a tentativa de golpe: "Para essa situação é ligar para o familiar, né, não ir lá e direto, ir lá fazer o pagamento sem ver se aquele familiar realmente está bem. Então alguém te ligou falando que sequestrou seu familiar, desligue e entre em contato com seu familiar, provavelmente seu familiar vai estar bem".

Isso vale para se prevenir de golpes em que o criminoso finge ser alguém conhecido, mas com outro contato de telefone. Nesses casos, ele vai alegar que precisou fazer a mudança por algum motivo viável e, em seguida, pedirá uma quantia emprestada via Pix.

"Antes de tudo, é preciso refletir e entrar em contato para ver a veracidade das informações. O objetivo é que a gente não fique nervoso. Então, às vezes a pessoa, como são golpes, eles instigam isso, esse sentimento de necessidade, esse sentimento de urgência e nervosismo. E a pessoa acaba não pensando direito e caindo na armação desses criminosos."

Verificação

Ainda de acordo com a advogada, os usuários devem observar as verificações dos canais e contatos oficiais para diferenciá-los de possíveis situações suspeitas. Uma das recomendações é conferir a presença do selo de verificação no contato. Isso é um dos fatores usados pelos canais oficiais para garantir a segurança tanto da empresa quanto dos clientes.

"Os bancos já têm seu selo de verificação, não adianta só ter a logo escrito lá, Banco X, tem que ter um selo de verificação. O WhatsApp já disponibiliza isso, o Instagram já disponibiliza um selo de verificação para a instituição. Então, normalmente, o golpista não tem esse selo. Então, ele vai simular, colocar uma logo qualquer daquela empresa, uma logo que não tem autorização para usar, colocar qualquer número e entrar em contato", ressalta.

Caí no golpe e agora?

Caso o usuário tenha caído no golpe, a advogada recomenda que ele acione as instituições bancárias envolvidas na transação e não deixe de registrar a ocorrência de forma online ou presencial em uma delegacia de polícia. Nesse momento, é importante não ter vergonha de relatar o que aconteceu às autoridades, pois isso vai contribuir para a investigação e evitar que outras pessoas caiam no mesmo golpe.

“Eu acho bem importante, no caso do golpista estar se passando por outra pessoa, avisar seus familiares e seus amigos de que aquela pessoa não é você. Esse papel de prevenção também é importante se você passou os seus dados bancários. Nesse caso, é necessário avisar seu banco para que ele cancele imediatamente aquelas informações para que a pessoa não consiga ter acesso à sua conta”, completa. 

Lula, Milei, Boric: quem ganha mais? Veja ranking de salários dos presidentes da América Latina Lula, Milei, Boric: quem ganha mais? Veja ranking de salários dos presidentes da América Latina

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade