"Não desistimos da briga", diz sócio da João Andante
Cachaça mineira perdeu processo no qual marca inglesa Johnnie Walker a acusava de plágio
A cachaça mineira João Andante perdeu processo no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) no qual marca inglesa Johnnie Walker a acusava de plágio. Contudo, a empresa afirma que ainda pode recorrer da decisão e que não “desistiu da briga”.
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“Apesar de termos perdido, ainda podemos buscar o recurso judicial. O grande lance mesmo é a questão de não deixarmos morrer a marca e o que aprendemos nesse período”, afirmou o sócio-operador da João Andante, Magno Carmo Neto.
De acordo com Carmo Neto, após a perda do processo a empresa suspendeu a produção e está vendendo as últimas unidades do João Andante, que deve sair do mercado. Ele ressalta que os sócios da empresa estão definindo se seguirão ou não com o processo.
Apesar disso, os empresários estão lançando uma nova marca de cachaça, chamada O Andante. “A marca O Andante está no Inpi, sendo analisada, mas como não existe outra não vemos motivos para não ser aprovada”, diz ele. “O personagem é nosso. Nós criamos, então alteramos a figuração para não termos problemas com ninguém”, completa.
O caso
Em 2011, a holding Diageo, dona da marca Johnnie Walker, abriu um processo pedindo que o registro concedido pelo Inpi para a cachaça João Andante em agosto de 2010 fosse revisto.
A empresa inglesa acusa a brasileira de plágio. Os nomes das marcas são semelhantes uma vez que, traduzida para o português, a palavra Walker significa andador ou andante, e os símbolos utilizados pelas duas empresas são desenhos de homens andando, embora no uísque a imagem seja de um lorde inglês e na cachaça o retratado seja o jeca, conforme expressões mineiras.