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Não é só Pix: veja outros meios de pagamento no Brasil

O Pix reina absoluto? Que outros meios de pagamento utilizados por diferentes públicos?

31 mar 2024 - 06h15
(atualizado em 9/4/2024 às 16h49)
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Foto: Freepik

O Pix está entre os meios de pagamento mais utilizados pelos brasileiros. De acordo com Giordani de Oliveira, CTO da CashWay, techfin catarinense transacionou R$ 8,4 bilhões por meio do Pix em 2023. Segundo levantamento feito pela Febraban, com base nos dados divulgados pelo Banco Central e pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços), o Pix já representa mais de 90% de todas as operações bancárias no Brasil: R$ 17 trilhões em 2023 (um aumento de 57,8% comparado a 2022, quando as movimentações totalizaram R$ 10,89 trilhões).

No entanto, Giordani afirma que outros meios de pagamento ainda são amplamente utilizados no Brasil, entre diferentes públicos. 

“Cada produto é elaborado considerando um público específico que será alcançado na ponta do mercado financeiro. Os consumidores finais de cooperativas de crédito, especialmente aqueles em cidades do interior, continuam a dar preferência a produtos que requerem interação presencial nas agências. Eles têm maior confiança na utilização de serviços como saques em dinheiro e transações com cheques. Esses clientes valorizam o contato direto, conhecem os profissionais que os atendem na instituição e optam por realizar pessoalmente depósitos e pagamentos", diz o executivo.

O fim do Doc

Recentemente, o Doc foi encerrado por ter caído em desuso pelo brasileiro. Ao longo do ano de 2022, somente 3,7% do total das operações bancárias do mercado financeiro do país foram feitas dessa forma. Mas o Ted ainda é uma opção para muitos. Segundo o Banco Central, ele representou 42% do volume total transacionado no segundo trimestre do ano passado. Mais de R$ 2 bilhões das transações pela CashWay foram feitas por Ted em 2023.

Outro meio de pagamento que ainda ocupa o coração dos brasileiros é o velho e bom boleto, pela possibilidade de organização que o documento ainda garante para o usuário final. Entretanto, o boleto atual vem com uma importante mudança: um QR-Code que habilita o pagamento por Pix.

"A grande maioria dos clientes que vêm utilizando a modalidade de boleto já inclui a opção do pagamento por Pix com QR-Code pela facilidade. Ou seja, as instituições estão aptas a receber dessa forma. Em 2023, 4 bilhões de transações foram realizadas por meio do boleto no Brasil. É um volume relativamente baixo comparado aos 17 trilhões do Pix em 2023, mas não chega perto de ser desprezível", comenta o CTO. 

Crédito e débito 

Débito e crédito, hoje incrementados com diferentes possibilidades como o cartão pré-pago, múltiplo, virtual e também pela facilidade da transação automática por meio da Apple Pay e Google Pay, ainda são muito utilizadas pelo consumidor final. 

Giordani explica que a grande diferença entre o Pix e o débito é para a instituição que recebe o pagamento, por conta das taxas aplicadas pelo uso do cartão. Mas o crédito ainda tem benefícios para o usuário. 

"As milhas, cashback, a organização da fatura e a possibilidade de compras internacionais são vantagens que o Pix ainda não oferece. Agora, o parcelamento, sim. Já existe a opção do Pix parcelado e o recorrente, que pode ser usado para o pagamento de escolas, academias, planos de saúde, entre outros", diz. 

4,4 bilhões de transações foram feitas em cartão de crédito no Brasil no segundo trimestre de 2023.

Quem ainda usa dinheiro em cash? 

O dinheiro impresso é uma opção cada vez menos utilizada. "Hoje em dia, é comum ver artistas e vendedores de rua passando com uma placa com QR-Code de Pix para que as pessoas possam contribuir, por exemplo. São poucas as pessoas que têm dinheiro em espécie para oferecer nesse cenário", complementa o profissional. 

Por fim, Giordani fala sobre o Drex (o real digital) que, mesmo ainda em fase de testes, já promete uma adesão significativa no Brasil. 

"Ele não é um produto que compete com o Pix. Eles não têm a mesma função. O uso mais importante do Drex está na possibilidade de atrelar uma quantia a um determinado contrato virtual. Para o momento da aquisição de um apartamento ou um veículo, por exemplo. O usuário reserva a moeda virtual e, no instante que o contrato é validado pelo cartório, é realizada uma transação instantânea ao vendedor – que pode ser feito por Pix", conclui ele.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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