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Não há sinal de racionamento de energia em 2015, diz governo

Secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que cálculos de demanda de energia não indicam necessidade de racionamento

27 nov 2014 - 14h48
(atualizado às 14h58)
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O governo federal não tem indicativos de que poderá haver racionamento de energia elétrica em 2015, afirmou nesta quinta-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

Um funcionário anda na hidrelétrica de Furnas em Minas Gerais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira a audiência pública para a minuta do edital do leilão da usina hidrelétrica Três Irmãos, hoje operada pela Cesp. 14/01/2013
Um funcionário anda na hidrelétrica de Furnas em Minas Gerais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira a audiência pública para a minuta do edital do leilão da usina hidrelétrica Três Irmãos, hoje operada pela Cesp. 14/01/2013
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

"Naquela época [2001], você teve que fazer racionamento, não tinha dúvida, mas esse ano você não teve esses indicativos e não tem para 2015, como tem sido falado", afirmou o secretário, ao deixar evento na Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

Zimmermann destacou que o País tem métodos transparentes e avançados para calcular as necessidades de demanda e consumo de energia.

"O Brasil, que é um dos países que mais se desenvolveu na área de metodologias e modelos de otimização energética, não tem nenhum modelo indicando isso (racionamento) e, por outro lado, nossos modelos não são guardados no bolso escondido, são modelos totalmente transparentes", afirmou Zimmermann.

Sobre as mudanças no cálculo do preço de liquidação de diferenças (PLD), que serve de referência para o preço de energia no mercado de curto prazo, Zimmermann reconheceu que poderá haver questionamentos judiciais, mas disse que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está atuando como esperado.

A Aneel reduziu na terça-feira o valor máximo do PLD, de R$ 822,83 por megawatt-hora (MWh) neste ano para R$ 388,48 em 2015. A redução deu-se, principalmente, pela mudança de usina termelétrica usada como referência para o cálculo do teto.

Questionado se poderá haver uma judicialização da alteração do cálculo do PLD, Zimmermann afirmou: "Judicialização pode ocorrer, mas na verdade é um processo que está dentro da competência legal da agência, ela não está mudando nenhuma regra, ela tinha que estabelecer um substituto para aquela usina e estabeleceu”, afirmou.

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