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'Não precisa chegar de madrugada na agência', diz presidente da Caixa sobre auxílio

Pedro Guimarães assegurou o atendimento para todos que chegarem na fila até as 14h; banco já trabalha em medidas para ampliar capacidade do serviço

5 mai 2020 - 18h56
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BRASÍLIA - O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou nesta terça-feira, 5, que a situação de atendimento aos clientes em agências do banco está "muito melhor" agora. Segundo ele, não há necessidade de as pessoas chegarem de madrugada para o recebimento do auxílio emergencial, porque todos que chegarem até 14 horas - antes do fechamento -, serão atendidos na mesma data.

A Caixa afirma ainda que intensificou o atendimento de quem está na fila, com a prestação de informações e geração de códigos (tokens) para a realização de saques conforme o calendário de pagamento, e informando sobre a necessidade de se manter o distanciamento.

Pedro Guimarães, presidente da Caixa, afirmou que 50 milhões de pessoas se beneficiaram do auxílio.
Pedro Guimarães, presidente da Caixa, afirmou que 50 milhões de pessoas se beneficiaram do auxílio.
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil / Estadão

O horário estendido de funcionamento começou na segunda-feira, 4, após o registro de filas nas agências do País, começando inclusive na madrugada. No próximo sábado, 9, mais de 2 mil agências vão abrir para atendimento do auxílio emergencial em todo o Brasil.

Segundo a Caixa, cerca de 3 mil funcionários foram direcionados para o atendimento nas agências mais críticas. Além disso, estão sendo contratados 4.800 vigilantes e 889 recepcionistas para reforçar a orientação e o atendimento ao público. Outros cinco caminhões-agência atenderão beneficiários do auxílio emergencial em locais com maior necessidade, sobretudo no Norte e Nordeste.

O banco informa ainda que está em contato com as prefeituras para fechar parcerias para organização e atendimento à população. Em várias cidades pelo País, as prefeituras demarcaram locais para as pessoas ficarem posicionadas para que haja distanciamento entre elas. Outras estão montando até estruturas cobertas com cadeiras para a população esperar pelo atendimento.

Como mostrou reportagem do Estado, os beneficiários do auxílio emergencial do governo, lançado para combater os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a população de baixa renda, chegaram a dormir na porta de agências para receber o pagamento de R$ 600.

Em entrevista virtual na tarde de ontem, Guimarães afirmou que 50 milhões de pessoas se beneficiaram do auxílio. Deste total, 31,5 milhões são pessoas que receberam depósitos em suas contas e que já tinham familiaridade com os serviços bancários. Outras 18,5 milhões de pessoas receberam os valores em contas digitais por não terem relação com instituições financeiras.

Esta parcela da população, conforme Guimarães, precisa de maior auxílio dos funcionários da Caixa. "Muitos estão realizando saques nas agências pela primeira vez", disse. De acordo com o presidente do banco, porém, boa parte desta população mais carente já foi atendida nos últimos dias, o que deve reduzir as filas nas agências no restante desta semana.

Estadão
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