Nenhum dos potenciais membros do euro atende aos critérios de adesão, afirma o BCE
Nenhum dos países que ainda não se juntaram ao euro atende a todos os critérios de adesão e muitos até mesmo se desviaram das regras estabelecidas para isso, afirmou o Banco Central Europeu nesta quarta-feira em um relatório sobre os potenciais membros.
Todos os membros da UE, com exceção da Dinamarca, devem adotar a moeda comum, mas o não cumprimento não é penalizado. Portanto, apenas alguns estão trabalhando ativamente para aderir, sendo que a maioria dos outros prefere manter a política monetária independente.
"Refletindo as condições econômicas desafiadoras, houve um progresso limitado no que diz respeito ao cumprimento dos critérios de convergência", disse o BCE em um relatório bienal sobre o progresso da Bulgária, República Tcheca, Hungria, Polônia, Romênia e Suécia.
Mas as questões são muito mais profundas do que apenas o cumprimento dos critérios econômicos, acrescentou o BCE.
"A qualidade das instituições e da governança é relativamente fraca em todos os países da Europa central e oriental em análise - especialmente na Bulgária, Romênia e Hungria", afirmou.
A divergência em relação aos critérios do euro deveu-se, em grande parte, às consequências econômicas da guerra da Rússia na Ucrânia, uma vez que a maioria dos possíveis membros do euro há muito tempo depende da Rússia para suas necessidades de energia.
A Hungria parece estar entre os países com desempenho mais fraco. O país não cumpriu as regras sobre inflação, dívida, déficit orçamentário e custos de empréstimos de longo prazo, além de sua moeda ser altamente volátil e também não ter cumprido as regras sobre a independência do banco central e a proibição de financiamento monetário, segundo o BCE.