Nortel concentra operação e fecha unidade em Campinas
A canadense Nortel Networks, que pediu proteção contra a falência nesta quarta-feira, já reduziu parte de suas atividades no Brasil e agora se prepara para consolidar o pessoal da capital paulista com os funcionários ainda alocados em Campinas (SP), junto ao centro de desenvolvimento.
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A empresa já teve fábrica própria no País, também em Campinas, desde 1997. Em 2005, entretanto, diante de uma decisão mundial, terceirizou a produção no Brasil e em outros países com a Flextronics.
A unidade produzia estações radiobase para celular, sistemas PABX, rádios e módulos para redes de telecomunicações.
Em 2006, no entanto, quando começaram a vir à tona os problemas contábeis da companhia, a fabricação local foi encerrada. Naquele mesmo ano, a empresa informou ter pago US$ 2,47 bilhões para encerrar um processo por erros contábeis.
A companhia enfrentou divergências em seus balanços justamente quando a concorrência se unia para fazer frente a um menor número de operadoras de telefonia em todo o mundo.
A Alcatel, por exemplo, uniu-se à Lucent, enquanto a Ericsson comprou a Marconi. Além disso, todas elas passaram a contar com a concorrência de agressivas companhias chinesas, como a Huawei.
Depois de encerrar a produção local, a Nortel ainda manteve em Campinas as áreas de suporte técnico e treinamento, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa no Brasil.
Em fevereiro, porém, os 40 profissionais que ainda atuam na cidade virão para a capital, onde irão se juntar aos demais 210. Por isso, os escritórios de Campinas serão definitivamente fechados.
Procurada, a subsidiária brasileira disse ainda não ter novidades sobre a operação local após o pedido de proteção à falência e, por isso, não concedeu entrevistas.