Novo ministro fala em trabalhar contra privatização do Porto de Santos
Silvio Costa Filho assumiu pasta dos Portos e Aeroportos nesta quarta-feira, 13, e disse que atual operação do porto é rentável
O novo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta quarta-feira, 13, que deve trabalhar para o porto de Santos não ser privatizado. Ele deu a declaração a jornalistas no Palácio do Planalto depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando tomou posse oficialmente do novo cargo.
"O porto de Santos, o nosso desejo é de trabalhar pela não privatização. Mas vamos dialogar com o setor produtivo. Decisão portuária de privatização é decisão de governo", disse o novo ministro. Ele declarou que não haverá preconceito com o setor produtivo, e que o porto de Santos da forma como opera hoje é rentável.
Costa Filho disse que terá uma reunião com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Celso Sabino (Turismo) para discutir uma forma de baixar o preço das passagens aéreas com as companhias de aviação. "Não é um desafio fácil, é um problema mundial hoje o custo das passagens", disse.
Ele também afirmou que falará com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para buscar uma forma de expandir a malha hidroviária do País.
Silvio Costa Filho falou em "perseguir" uma redução dos juros pelo Banco Central. Lula e seus auxiliares têm criticado o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, pelo patamar da Selic desde o começo do governo.
O agora ministro agradeceu ao presidente pela confiança. Disse que entrará em contato com os 27 governadores e com os prefeitos das capitais. Afirmou que os municípios serão ouvidos em sua gestão. Ele também fez agradecimentos a Márcio França, que está sendo remanejado para a nova pasta de Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Silvio Costa Filho mencionou a relação com o Congresso como uma de suas tarefas prioritárias à frente do ministério. Lula abrigou Costa Filho e André Fufuca, do PP, no primeiro escalão do governo para ter mais votos a favor de seus projetos na Câmara dos Deputados.