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Número de inadimplentes no ABC chega ao menor índice no ano

Inflação baixa, queda no desemprego e Auxílio Brasil são alguns dos fatores pra redução de endividados

2 nov 2022 - 06h00
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Foto: Adobe Stock

A região do ABCD paulista teve número de inadimplentes caindo para 137.551 pessoas em outubro. Esse é o valor mais baixo do ano e um sinal de melhora com relação ao último levantamento em agosto, quando foram registradas 606.781 pessoas com alguma restrição no SPC Brasil ou no Serasa. 

O índice de inadimplência levantado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) São Caetano do Sul e SPC Brasil é apresentado conforme o volume de consumidores com contas atrasadas iguais ou superiores a 90 dias. 

Condição financeira melhor da população

Os números mostram uma melhora na condição financeira da população, apesar da pandemia e do cenário externo em crise. O desemprego no país diminuiu para 8,7%, o que representa 9,5 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Além disso, a elevação das políticas públicas de crédito e os programas de transferência de renda realizados pelo Governo Federal, como o Auxílio Brasil, são tidos como fundamentais para essa melhora no cenário, visto que, no segundo semestre de 2022, houve um aumento de 85% no número de beneficiados pelo programa na região. 

“O fato de a inflação estar caindo também diz muito sobre a queda no número de inadimplentes. A taxa de desemprego segue um caminho parecido, em queda, e as pessoas estão recebendo um bom valor para quitar suas dívidas e comprar o essencial”, disse Alexandre Damásio, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Caetano do Sul. 

Cenário é diferente no resto do País

Apesar do cenário positivo no ABCD paulista, ele é diferente no resto do País, que tem 67,98 milhões de pessoas que ainda estão inadimplentes. Esse número representa aproximadamente 40% da população adulta com dívidas ativas no SPC Brasil e Serasa. A perspectiva, no entanto, é de melhora no fim do ano.

“Estamos quase no período das festas de fim de ano e, consequentemente, das contratações para vagas temporárias. Também temos o pagamento do 13º salário, o que geralmente traz um certo alívio para as contas das pessoas no começo do ano”, diz Damásio.

O que esperar para 2023

O cenário para 2023, porém, não é muito animador. Com novo presidente e possíveis mudanças na economia, Damásio defende que a aposta deve ser em educação financeira da população.

“Educação financeira é um assunto que deveria ser tratado desde cedo com as pessoas. Nós não temos aulas de educação financeira, as pessoas não sabem como administrar seu dinheiro, mas estamos buscando retratar esse problema. A CDL de São Caetano do Sul tem uma área exclusiva para ajudar todos aqueles que querem gerir melhor suas finanças”, explica ele.

Vale lembrar que a CDL tem o programa “O Meu Bolso Feliz”, que traz artigos separados em categorias com dicas para sair do vermelho, planejar as finanças e investimentos. Além disso, reúne simuladores e testes que o cidadão pode fazer através de um dispositivo conectado à internet. 

Redação Dinheiro em Dia
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