Número de inadimplentes no País cresce 5,3% em 2023, aponta levantamento
Apesar do crescimento, a taxa mostrou arrefecimento ao longo do ano; entenda
O número de inadimplentes aumentou cerca de 5,3% no primeiro ano do terceiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo o levantamento da Boa Vista. Ao longo de 2023, entretanto, houve desaceleração desse número em comparação ao ano anterior.
O número de inadimplentes aumentou cerca de 5,3% no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo levantamento da Boa Vista, divulgado pela Agência Estado, essa foi a variação na comparação com 2022, em dados sem ajuste sazonal.
Embora no acumulado do ano passado o indicador tenha crescido na comparação com ano anterior, houve arrefecimento ao longo do ano do número de inadimplentes. Após fechar 2022 em 19,9%, a taxa chegou a marcar 22,4% no acumulado em 12 meses até março, antes de entrar em trajetória de desaceleração.
O desempenho do indicador, avalia o economista da Boa Vista Flávio Calife, reflete a melhora de fatores condicionantes. “Os números do mercado de trabalho foram muito bons no ano passado, a taxa de desemprego recuou de forma consistente e a renda média cresceu em termos reais”.
Ainda segundo a Boa Vista, os dados mensais e dessazonalizados corroboram o alívio econômico. Em 2023, foram observadas oito quedas na comparação mensal. O registro de inadimplentes recuou 0,9% em dezembro, na margem. O indicador acumulou quedas de 7,8% no segundo semestre e de 6,8% no ano, em números com ajuste.
“O endividamento e o comprometimento da renda estão melhorando gradualmente. Soma-se a isto uma inflação, até aqui, sob controle, uma tendência de queda na taxa de juros e, por fim, a postergação do [programa de renegociação de dívidas] Desenrola por mais três meses. O ano de 2024 começa com boas expectativas para a inadimplência”, acrescenta Calife.