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Número de pessoas ocupadas com ou sem carteira assinada bate recorde, diz IBGE

A soma das remunerações de todos os trabalhadores do País chegou a R$ 313,1 bilhões, também um novo recorde da série histórica

29 mai 2024 - 09h23
(atualizado às 09h30)
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Resumo
O IBGE divulgou o aumento de 2,8% na população ocupada e a taxa de desocupação inalterada dos últimos trimestres, alcançando seu menor índice desde 2014. O rendimento médio também não sofreu variação em comparação ao último trimestre, mas com crescimento anual de 4,7%.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A população ocupada no Brasil chegou a 100,8 milhões, no trimestre móvel finalizado em abril, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 29, pelo IBGE. O número agrega trabalhadores com ou sem carteira assinada, que, dos dois lados, atingiram recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Houve um aumento de 2,8% na população ocupada em comparação com o mesmo trimestre móvel do ano passado, o que equivale, segundo o IBGE, a mais 2,8 milhões de postos de trabalho.

  • O número de trabalhadores com carteira assinada está em 38,188 milhões, maior número desde 2012;
  • E o número de trabalhadores sem carteira chegou a 13,5 milhões, também recorde.

“A expansão da ocupação, nos últimos trimestres, vem ocorrendo por meio dos empregados, que superaram outras formas de inserção, como a dos trabalhadores por conta própria e os empregadores. O conjunto dos empregados no setor privado, com ou sem a carteira assinada é o que mais tem contribuído para o crescimento da população ocupada no país”, analisa Adriana Berenguy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

Apesar do recorde, a taxa de desocupação ficou estável, em 7,5%, sem grande variação estatística comparando com o trimestre móvel encerrado em janeiro deste ano, quando estava em 7,6%. Mas houve grande queda quando comparado com o mesmo período de 2023, quando a taxa de desocupação estava em 8,5%.

Essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em abril desde 2014, quando o indicador estava em 7,2%. "Isso revela a manutenção da tendência de redução desse indicador, que vem sendo observada desde 2023”, afirma Adriana Beringuy.

Foto: IBGE

Rendimento médio da população

O rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril foi de R$ 3.151, sem variação significativa no trimestre e com alta de 4,7% na comparação anual. Com isso, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 313,1 bilhões, novo recorde da série histórica, mostrando estabilidade no trimestre e subindo 7,9% ante o mesmo período de 2023.

A analista do IBGE, Adriana Beringuy, afirma que o destaque neste trimestre foi para o aumento do rendimento médio dos empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada.

Na comparação trimestral, o rendimento ficou estável em todos os dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua. Frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, houve altas nos rendimentos dos trabalhadores de quatro grupamentos: Indústria geral (8,5%), Comércio e reparação de veículos (4,6%), Transporte, armazenagem e correio (5,7%) e Administração Pública (4,0%).

Fonte: Redação Terra
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