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O impacto do Ozempic na venda de produtos do Walmart

A população mais obesa do mundo entre os países desenvolvidos aumenta o consumo dos medicamentos de emagrecimento

5 nov 2023 - 05h30
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Foto: Reprodução

Estima-se que 90% dos americanos residam a até 15km de distância de uma loja Walmart. Com +4700 lojas físicas, a maior varejista do mundo se torna um ótimo termômetro da economia nacional. Neste momento, o termômetro indica febre de Ozempic:

  • • No geral, mais de dois terços (+66%) dos adultos norte-americanos nos Estados Unidos estão com sobrepeso ou são obesos.
  • • O Morgan Stanley prevê que até 2035, quase ~7% da população americana estará tomando algum remédio para perda de peso.

O Walmart, que tem tanto as drogas açucaradas nas suas prateleiras, quanto as drogas injetáveis nas suas farmácias, já conectou os pontos usando sua base de dados do comportamento dos clientes (anonimizados) e prevê que conforme a população mais obesa do mundo entre os países desenvolvidos aumenta o consumo dos medicamentos de emagrecimento (Ozempic, Wegovy, Rybelsus), a demanda por fast-foods, refrigerantes, doces e até cigarros tende a cair, visto que o consumo diário de calorias de quem está tomando o remédio pode diminuir em até 30%.

O efeito já começa a ser sentido nas projeções de vendas dos snacks mais gordos das prateleiras e nas suas ações. O subíndice S&P 500 Packaged Food & Meat caiu 14% até agora este ano, enquanto o S&P 500 subiu 11%.

Enquanto isso, o homem antifrágil, Nassim Taleb, usa a não linearidade para prever se o remédio poderia causar uma deflação nos preços dos alimentos. Uma queda de apenas 1% na demanda pode causar uma sobrecarga significativa.

(*) Luiz Felipe dos Prazeres é autor da Tech Drop, newsletter sobre tecnologia e negócios.

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