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O mundo investe quase um Brasil por ano em transição energética, compara Passanezi

CEO da Cemig diz que o investimento internacional em novas fontes em 2023 chegou a US$ 1,7 trilhão, quase o PIB do País, na faixa de US$ 2 trilhões, e as demandas vão aumentar

29 ago 2024 - 22h30
(atualizado às 22h51)
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O CEO da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Reynaldo Passanezi Filho, optou, em sua fala durante o CNN Talks, realizado nesta quinta-feira, 29, em São Paulo, por começar a chamar atenção da audiência com alguns números macro do setor. Segundo ele, em 2023, por exemplo, o mundo investiu US$ 1,7 trilhão na transição energética, quase o Produto Interno Bruto (PIB) inteiro do Brasil, que está na faixa dos US$ 2 trilhões. "E as estimativas apontam que em 2050, será necessário, em termos mundiais, um investimento de US$ 5 trilhões para se dar conta do recado", afirmou.

Mas existem outras macrotendências, segundo Passanezi, que precisam ser acopladas à questão da chamada energia limpa. "Precisamos trazer as empresas que precisam de energia limpa para produzir aqui no Brasil e, no nosso caso em específico, em Minas Gerais." O setor da inteligência artificial, explica o executivo da Cemig, em franca expansão, é exatamente um dos que podem ser trazidos para o Brasil.

Os data centers das grandes empresas de tecnologia já consomem por volta de 2% da carga disponível por todo o setor elétrico mundial. Os mesmos 2% representados pela demanda brasileira. "Mas as previsões indicam que essa carga pode chegar a 6%, ou seja, três vezes mais, daqui a 5 anos", calcula Passanezi, para mostrar o potencial de oportunidades que o Brasil terá pela frente, ainda mais porque o País pode oferecer um energia 100% limpa, algo tão raro de ocorrer com a grande maioria dos outros países do mundo.

Urgências na Saúde

A mesma necessidade de inovação que assombra o segmento energético também, por vias distintas, está batendo a porta do setor de saúde, o que significa, segundo Paulo Fraccaro, CEO da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo), que há muito a ser feito pela frente, apesar de o Sistema Único de Saúde (SUS) ter mostrado toda a sua importância durante a pandemia, ao vacinar, de forma célere e eficiente, toda a população brasileira. "O fortalecimento de todo o complexo de saúde do Brasil é importante porque gera emprego, inovação e, fundamentalmente, saúde", diz o executivo.

O fato de a saúde ter sido considerada um dos pilares da atual política industrial do governo federal é digno de nota, contextualiza Fraccaro. Mas um gargalo importante que precisa ser enfrentado, segundo ele, é o da falta de recursos das santas casas e hospitais públicos, instituições que estão dentro do chapéu da Abimo. "Quero enxergar a vitória de muitos projetos que o governo começa a desenhar. Mas para isso é preciso que as instituições de saúde possam ter meios para adquirir toda a inovação que está aflorando no mundo atual", afirmou Fraccaro.

Estadão
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