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O que é trabalho oculto e a acusação que Neymar enfrenta; jogador pode ter que indenizar ex-empregada em R$ 2 milhões

Atacante está sendo acusado por uma ex-funcionária no período em que ele atuava no PSG, na França

16 nov 2023 - 18h22
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Ex-funcionária, que é brasileira e tem 35 anos, alega que trabalhava sete dias por semana para o jogador.
Ex-funcionária, que é brasileira e tem 35 anos, alega que trabalhava sete dias por semana para o jogador.
Foto: Getty Images

O atacante Neymar foi acusado de trabalho oculto por uma empregada doméstica no período em que ele atuava no PSG, na França. O caso foi levado para o tribunal do país. Segundo o jornal francês Le Parisien, a ex-funcionária pede indenização na Justiça de 368 mil euros, o equivalente a quase R$ 2 milhões na cotação atual.

A ex-funcionária, que é brasileira e tem 35 anos, alega que trabalhou sete dias por semana, entre janeiro de 2021 e outubro de 2022, na casa do jogador na capital francesa. A atuação, sem nenhum um dia de descanso semanal, não era declarada como horas extras. 

Embora essa tenha sido a primeira acusação dessa natureza contra o jogador brasileiro, o trabalho oculto é muito comum, ainda que esse movimento esteja indo na contramão de parte da sociedade que quer respeito às leis trabalhistas.

O trabalho oculto consiste na prática de se dedicar a atividades e temas relativos ao trabalho nas horas de folga. Não se trata de jornadas estendidas ou horas extras, mas de usar períodos como férias, finais de semana ou o tempo de descanso noturno para se desenvolver profissionalmente ou continuar em contato com o ambiente de trabalho.

Na legislação trabalhista francesa, o trabalho oculto vai além das jornadas estendidas. No país europeu, o termo também é usado para descrever uma situação em que o empregador não cumpre com suas obrigações legais, como contratação de funcionários sem declará-los às autoridades fiscais para burlar as instituições não pagando impostos, por exemplo.

Acusação  

Além da acusação de trabalho oculto, a ex-funcionária alega que não recebeu por horas extras e que trabalhou até 15 dias antes do nascimento prematuro do seu quarto filho, sem acompanhamento médico.

O caso está em análise no tribunal industrial de Saint-Germain-en-Laye, no departamento de Yvelines.

A mulher disse ainda que controlava sua carga horária em um caderno e recebia 15 euros por hora trabalhada. A carga horária era de quase 70 horas semanais, sem nenhuma folga.

Os advogados tentaram um acordo com os representantes de Neymar, mas não tiveram resposta. Procurada pelo Terra, a assessoria de Neymar afirmou que "oficialmente desconhece o assunto" e que "jogador não foi sequer citado".

Fonte: Redação Terra
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