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O que ele ainda vai falar? Leia frases marcantes de Mantega

Ministro mais longevo no Ministério da Fazenda em um período democrático se despede da pasta mesmo em caso de vitória de Dilma Rousseff nas eleições

11 set 2014 - 14h10
(atualizado às 14h25)
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<p>Guido Mantega vai deixar o Ministério da Fazenda no final do mandato de Dilma Rousseff, mesmo se petista for reeleita</p>
Guido Mantega vai deixar o Ministério da Fazenda no final do mandato de Dilma Rousseff, mesmo se petista for reeleita
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Mais longevo ministro à frente do Ministério da Fazenda em um período democrático, Guido Mantega vive seus últimos meses na cúpula do governo Dilma Rousseff. A presidente afirmou que, se reeleita, Mantega será substituído.

A notícia da saída de Mantega coincide com o período de baixa na economia do País, que entrou em recessão técnica após retração do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiro e segundo trimestres deste ano.

Apesar disso, tanto Dilma quanto Mantega disseram que a substituição no Ministério da Fazenda acontece por “motivos pessoais”. “Minha mulher me disse que mais um mandato e eu estou fora de casa”, disse Mantega em uma entrevista ao jornal O Globo.

Ele assumiu o Ministério em março de 2006, último ano do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além das medidas de incentivo ao consumo e desonerações de tributos, Mantega ficou marcado como um ministro que deu boas declarações à imprensa. Confira algumas das frases mais célebres do ministro:

"Eu e a torcida do Corinthians e do Flamengo estávamos prevendo [crescimento maior do País]", disse em maio deste ano, na Câmara dos Deputados;

“O Brasil já estaria de quatro em outra situação, estaria de joelhos, estaria recuando em todos os indicadores”, em setembro de 2008, ano em que estourou a crise financeira mundial;

“Minha previsão é de [crescimento de] 5,5% para 2011 e nos próximos anos”, afirmou em 2010, errando por muito;

“Vazamentos sempre ocorrem. Se você olhar para o passado, vários aconteceram”, em 2010, durante um escândalo envolvendo quebra de sigilos fiscais da Receita Federal, secretaria subordinada ao Ministério da Fazenda;

“Há uma guerra cambial não declarada que vem à tona. Pusemos o dedo na ferida de propósito”, disse, em 2010, na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI);

“Eu não quero ser candidato, já apanho bastante como técnico, como ministro da Fazenda", afirmou em agosto de 2011, durante audiência pública no Senado;

“O FMI prevê que o Brasil será a quinta economia em 2015, mas eu acredito que isso ocorrerá antes”, declarou Mantega durante uma entrevista coletiva em São Paulo, em dezembro de 2011 – atualmente, o País é a sétima maior economia;

"Nunca vi ninguém ser demitido por otimismo. Já vi pelo contrário, por pessimismo", disse após a revista The Economist publicar uma matéria sugerindo que a presidente Dilma o substituísse no Ministério da Fazenda;

"Minha bola de cristal pode ter tido alguns defeitos passageiros, mas ela costuma funcionar", disse em março de 2013, no Senado, sobre as previsões de crescimento que não se confirmaram;

"Não vamos chorar o leite derramado, vamos tocar em frente”, afirmou em agosto de 2013, sobre o clima de desconfiança com a economia do País no primeiro semestre;

“Pibinho é o da União Europeia, o nosso é pibão!”, afirmou em dezembro de 2009 e acrescentou: “União Europeia, positivo 0,4%. Esse é que é pibinho! Da Espanha, Alemanha, Estados Unidos... esses sim. Reino Unido, negativo.” Naquele ano, a economia brasileira teve queda de 0,2%;

“É uma piada, vai ser muito mais do que isso”, disse em junho de 2012, rebatendo análise do Credit Suisse, que projetava que a economia brasileira cresceria 1,5% naquele ano – o crescimento do PIB foi de 1%.

Fonte: Terra
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