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O que os vencedores do Nobel de Economia já falaram sobre o Brasil?

James A. Robinson, laureado este ano, afirmou que o País estava 'preso a essa sociedade fraca'

14 out 2024 - 11h30
(atualizado às 11h57)
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O vencedor do Prêmio Nobel de Economia, James A. Robinson, dá uma entrevista à Associated Press de sua casa no bairro de Hyde Park, em Chicago, na segunda-feira, 14 de outubro de 2024
O vencedor do Prêmio Nobel de Economia, James A. Robinson, dá uma entrevista à Associated Press de sua casa no bairro de Hyde Park, em Chicago, na segunda-feira, 14 de outubro de 2024
Foto: Charles Rex Arbogast/AP

O Prêmio Nobel de Economia deste ano foi concedido a um trio de economistas: Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson. Os nomes foram anunciados nesta segunda-feira, 14, pela Academia Real de Ciências da Suécia em Estocolmo, Suécia. Segundo o comitê de seleção, o prêmio foi concedido por seus "estudos sobre como instituições são formadas e afetam a prosperidade das nações".

Em entrevista ao Estadão em 2022, James A. Robinson disse que o Brasil não conseguiu fazer uma transição de instituições extrativistas para instituições inclusivas, e que o País estava "preso a essa sociedade fraca e ao Estado fraco". Essas são as características do que chama de o Leviatã de Papel em seu livro "O Corredor Estreito", escrito em parceria com outro ganhador do Nobel de 2004, Daron Acemoglu.

O Brasil, assim como a América Latina, seria marcado pela falta de competência do Estado, enquanto a sociedade também não tem capacidade para influenciá-lo ou controlá-lo.

"Vocês precisam pensar no que o Brasil estava fazendo [no primeiro governo Lula], tentar melhorar a transparência e tornar o sistema político menos clientelista, menos corrupto, para que o Estado funcione melhor. Se você fizer várias pequenas mudanças, chega a um ponto em que as coisas começam a se mover", disse o professor na entrevista.

Daron Acemoglu também já fez comentários sobre o Brasil. Em entrevista à revista Veja em 2023, o professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) disse que os programas de distribuição de renda, como aqueles criados por Lula nos seus primeiros mandatos, são importantes. No entanto, as políticas econômicas para reduzir as desigualdades sociais não devem se limitar apenas à transferência direta de renda.

Segundo ele, a estratégia mais eficaz para o Brasil seria focar na criação de oportunidades para inserir pessoas de diferentes níveis de habilidade e conhecimento no mercado de trabalho.

Acemoglu considera que a corrupção afetou a confiança na democracia brasileira. "Esse fenômeno levou ao aumento do apoio a figuras políticas que, em circunstâncias normais, não seriam consideradas, como um presidente que expressou simpatia pela ditadura militar ou manifestou intenções autoritárias". De acordo com o professor, tanto a desigualdade quanto a corrupção representam ameaças ao funcionamento saudável da democracia e devem ser confrontadas.

Acemoglu ainda afirmou que o Brasil e outras economias emergentes têm papel crucial contra a supremacia da China e dos Estados Unidos.

Estadão
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