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Ocupação de hotéis na Copa é menor que a expectativa

Percentual de vagas disponíveis no Brasil é considerado alto pela rede hoteleira

20 mai 2014 - 17h00
(atualizado às 17h38)
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<p>Balanço de entidade apontou que foram comercializadas 300 mil diárias para o período de junho e julho</p>
Balanço de entidade apontou que foram comercializadas 300 mil diárias para o período de junho e julho
Foto: Divulgação

A poucos dias da Copa do Mundo, 45% das diárias para vésperas e dias de jogos das 26 principais redes hoteleiras do país ainda estão disponíveis nas 12 cidades-sede, segundo o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB). Balanço concluído esta semana pela entidade, que reúne 600 hotéis em operação e 97 mil unidades habitacionais, afirmou que as suas associadas comercializaram 300 mil diárias durante o período de junho e julho, o que representa 55% das vendas para as vésperas e dias de jogo. O percentual de vagas disponíveis no Brasil, de maneira geral, é considerado alto pela rede hoteleira, que esperava uma ocupação maior.

Segundo o presidente do FOHB, Roberto Rotter, vários fatores influenciaram na baixa ocupação até o momento, incluindo a disponibilidade de passagens aéreas para os destinos e a pouca antecedência da definição de quem se enfrentaria em cada jogo. De acordo com ele, o FOHB não fez uma avaliação dos preços médios dos hotéis, já que isso não seria possível.

A taxa de ocupação  varia muito de cidade-sede para cidade-sede e é maior onde os jogos serão mais atrativos e com maior movimentação de estrangeiros. Enquanto o Rio de Janeiro lidera o ranking de taxa de ocupação, com 88%, seguido de Natal e Recife, com 84%, em Curitiba a taxa é de 56% e em São Paulo, que abriga o maior parque hoteleiro do Brasil, é de 31%. Para a final da Copa, no Rio, a ocupação chega a 94%. Mas considerando o número absoluto de diárias comercializadas, São Paulo lidera o ranking, com 78 mil diárias vendidas para jogos e vésperas de jogos, seguido do Rio de Janeiro, com 65 mil diárias.

Segundo a FOHB, para aumentar as taxas de ocupação em São Paulo, entre junho e julho, hotéis da cidade e órgãos de turismo lançarão promoções específicas ainda esta semana.

Entre os jogos que mais geraram reservas de hotéis estão Japão x Colômbia, em Cuiabá (MT), com 99% de ocupação, Brasil x México, em Fortaleza (98%), Camarões X Brasil, em Brasília (96%), Estados Unidos X Portugal, em Manaus (93%),  as quartas-de-final em Brasília (93%) e dos jogos de semifinal e final.

“Acho que a taxa de ocupação média das 12 cidades-sede vai subir 10 pontos percentuais nas próximas semanas”, afirmou Rotter. Segundo ele, a taxa de ocupação nas cidades-sede não foi afetada pelos preços praticados. “Os preços foram regulados conforme a procura. Você encontra hoje preços mais em conta. Não houve avaliação equivocada do setor sobre preços praticados. No Rio de Janeiro, por exemplo, na Copa do Mundo ficou até mais barato que no Ano Novo”, disse Rotter. O levantamento foi feito com dados de 280 hotéis e 48 mil unidades habitacionais em todas as capitais onde acontecerão os jogos.

Rotter admitiu que é possível faltar quartos em hotéis tradicionais no Rio de Janeiro, mas disse que há outras alternativas como albergues e pousadas do tipo “cama e café”. “No Rio, se houvesse mais quartos, teríamos vendido mais. Todos que virão ao Brasil passarão pelo Rio, até porque aqui será o centro de imprensa. Mas não faltaram investimentos no Rio. O Rio tem uma particularidade, tem se focado mais nas Olimpíadas”, afirmou Rotter.

Para  o FOHB e para a agência de viagens oficial da FIFA, a Match, o número de cidades-sede da Copa, maior que o da Copa das Confederações, por exemplo, não influenciou na ocupação até o momento. Na opinião de Rotter, o governo brasileiro tem que trabalhar para divulgar melhor uma imagem positiva do país, o que, de certo modo, é atrapalhado pela ocorrência de protestos violentos. “As manifestações fazem parte do país democrático, mas temos que conter os ânimos quando há baderna. Essa ação não fortalece a imagem do Brasil. Temos que mostrar a democracia do país”, disse Rotter.

Para a FOHB, as chances de conseguirem preços melhores em hotéis estão em cidades como Curitiba, que tem uma ocupação mais baixa. “Queremos chamar não só o turista de fora, mas o do Brasil. Queremos que elas não se fixem em uma só cidade, conheçam o país”, disse Rotter.

Fonte: Terra
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