OGX chegou a ser a oitava empresa mais valiosa do Brasil
A OGX, petroleira do empresário Eike Batista, perdeu R$ 74,35 bilhões em valor de mercado deste a sua época “áurea”, no dia 15 de outubro de 2010
A OGX, petroleira do empresário Eike Batista, perdeu R$ 74,35 bilhões em valor de mercado deste a sua época “áurea”, no dia 15 de outubro de 2010, quando era a 8ª empresa mais valiosa do Brasil em valor de mercado e chegava a R$ 75 milhões, até o último dia 7, no pior momento da sua história, quando chegou a custar “apenas” R$ 647 milhões, de acordo com informações da consultoria Economatica.
A crise que atingiu a empresa, responsável pela exploração de 36 blocos de petróleo, sendo 31 no Brasil e cinco na Colômbia, culminou em um pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira, que deverá parar com os processos de execução contra a companhia pelo prazo de 180 dias e dar um fôlego para a recuperação da empresa.
Após a aceitação pela Justiça do pedido de recuperação, a empresa tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação e tentar fazer uma negociação para o pagamento da dívida que hoje atinge US$ 5 bilhões (cerca de R$ 11,3 bilhões).
Em fato relevante anunciado na última terça-feira, a OGX confirmou que não houve acordo com credores na negociação para o pagamento de suas dívidas, um mês depois de a empresa ter deixado de pagar US$ 45 milhões em juros de seus bônus. Por isso, a expectativa do mercado é que ela recorra à recuperação judicial, último recurso antes da decretação da falência.
A principal empresa de Eike Batista passa por um momento difícil desde que anunciou, em junho de 2012, que o principal campo de produção, o Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, não conseguiria entregar a estimativa inicial de 20 mil barris de óleo por dia e só atingiria 5 mil barris de produção, frustrando as expectativas dos investidores.