Ondas de calor fazem marcas de sorvete mais do que dobrarem vendas; confira
Segundo o Inmet, neste ano foram registradas oito ondas de calor no Brasil
Um aumento de vendas de 200% em comparação ao ano passado. Foi o que sentiu a marca Sorvetes Rochinha na última onda de calor registrada no Brasil, que se estendeu do dia 8 a 19 de novembro.
Para a Froneri Brasil, responsável pela produção dos sorvetes Nestlé, o crescimento foi de 56%. E esse não foi o único período de calorão que impulsionou as vendas neste ano.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Brasil teve oito ondas de calor neste ano:
- De 23 a 28 de janeiro - com máxima de 40,7% registrada;
- De 6 a 13 de fevereiro - com máxima de 40,7 ºC registrada;
- De 9 a 13 de março - com máxima de 39,5 ºC registrada;
- De 22 a 28 de agosto - com máxima de 41,8 ºC registrada;
- De 18 a 29 de setembro - com máxima de 43,5º registrada;
- De 3 a 6 de outubro - com máxima de 42 ºC registrada;
- De 17 a 23 de outubro - com máxima de 44,2 ºC registrada;
- De 8 a 19 de novembro - com máxima de 44,8 ºC registrada.
Em setembro, por exemplo, com uma das ondas de calor mais intensas do ano, a Froneri afirmou ao Terra ter registrado um aumento de 95% no aumento de vendas, comparando com o mesmo período do ano anterior. A empresa fabrica, além da Nestlé, os sorvetes Lacta, Fini e Oreo em paralelo.
No caso da onda de calor de novembro, o período calhou em coincidir com o lançamento do Kitkat Cone, potencializando as vendas da novidade. Mas, entre os mais procurados, estão aqueles de fruta à base de água - como os da marca LaFrutta, da Nestlé.
No caso da Sorvetes Rochinha, que tem operações em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a onda de calor de setembro fez a marca registrar um aumento de 300% em vendas. O calorão está fazendo com que, desde setembro, a empresa passe a produzir cerca de 60 mil picolés por dia. Em meses de baixa, a produção gira em torno de 25 mil.
A empresa trabalha com sorvetes feitos de fruta, sendo o mais famoso o de coco branco. No ‘ranking’ dos mais vendidos também estão os de milho verde, brigadeiro, uva e chocolate.
A reportagem também tentou contato com a Unilever, responsável pelas marcas Kibon e Ben & Jerry, mas não obteve retorno sobre a crescente de vendas com as ondas de calor até a publicação desta matéria. Nenhuma das empresas disponibilizou informações sobre os valores exatos de faturamento.