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ONS reduz previsão de chuvas e eleva consumo de energia

No Sudeste/Centro Oeste o nível dos reservatórios já é o mais baixo entre as represas brasileiras desde o ano do racionamento, em 2001

17 out 2014 - 16h41
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Grande São Paulo sofre com a estiagem no Sistema Cantareira
Grande São Paulo sofre com a estiagem no Sistema Cantareira
Foto: WWC/AFP

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a estimativa de chuvas que deverão chegar aos reservatórios das hidrelétricas do País em outubro, com todas as regiões sofrendo afluências bem abaixo da média, com exceção do Sul.

A baixa pluviosidade desde o ano passado mantém as represas do País em níveis baixos históricos. No Sudeste/Centro Oeste o nível já é o mais baixo entre as represas brasileiras desde o ano do racionamento, em 2001.

Segundo o Informe do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS divulgado nesta sexta-feira, as chuvas previstas em outubro para o Sudeste/Centro-Oeste, que concentra os principais reservatórios de hidrelétricas do País, deverão ser de 67% da média histórica para o período.

Assim, o nível dos reservatórios dessa região deverá cair dos atuais 22,09% para cerca de 19% ao final do mês.

Veja imagens de drone da retirada do volume morto do Cantareira:

A redução do nível dos reservatórios do Sudeste ocorre quase que ininterruptamente desde junho de 2013, sendo que o período úmido 2013/2014 não conseguiu recuperar as represas. O próximo período tradicionalmente chuvoso, de novembro a março, será crucial para evitar um problemas de suprimento de energia em 2015, dizem especialistas do setor.

No Norte, as chuvas que chegarão às hidrelétricas serão equivalentes a 67% da média, e no Nordeste, a 38%. Somente o Sul continuará com chuvas acima da média, a 147%.

O ONS ainda elevou nesta sexta-feira a estimativa de aumento de consumo de carga de energia no País em outubro para alta de 2,4% ante mesmo mês de 2013. Anteriormente, na semana passada, o ONS estimava alta de 1,3% no consumo neste mês. Altas temperaturas elevam o uso de equipamentos de refrigeração e, como consequência, o consumo de energia.

A piora das perspectivas levou ao aumento do Custo Mensal de Operação (CMO) do sistema elétrico para uma média de R$ 852,7 por megawatt-hora (MWh), em todas as regiões, indicando elevação do preço de energia de curto prazo (PLD) para a próxima semana.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) deverá divulgar os valores do PLD para a semana de 18 a 24 de outubro ainda nesta sexta-feira.

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