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Open Finance: é seguro compartilhar suas informações de um banco com outro?

O termo passou a ser usado no lugar do antigo 'Open Banking', mas, essencialmente, continua se referindo ao mesmo processo

2 ago 2024 - 05h00
(atualizado em 12/8/2024 às 09h49)
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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Você pode já ter recebido alguma notificação no aplicativo de seu banco pedindo a sua permissão para ter acesso e compartilhar seus dados com outras instituições financeiras. A prática faz parte do Open Finance, também denominado pelo Banco Central como "sistema financeiro aberto".

O termo passou a ser usado no lugar do antigo Open Banking, mas, essencialmente, continua se referindo ao mesmo processo.

"O projeto mudou de nome para mostrar a sua maior abrangência, que inclui não somente informações sobre produtos e serviços financeiros mais tradicionais (como contas e operações de crédito), mas também dados de produtos e serviços relacionados a investimentos, e, futuramente, os referentes a câmbio, credenciamento, seguros e previdência", informa o Banco Central.

Em síntese, o sistema financeiro aberto busca criar uma rede de informações, em que um banco tenha acesso às suas movimentações em outro banco e, assim, possa lhe oferecer serviços mais adequados ao seu perfil. Mas, para isso, é preciso que você, dono daquela conta corrente, permita tal troca de dados.

"Os dados pertencem ao usuário, ao dono. E, partindo desse princípio, há que se pegar um consentimento. Existe uma série de proteções para que aquele usuário, como dono dos dados dele, compartilhe esses dados", explica Eduardo Neubern, CEO da TOTVS Techfin.

Neubern garante que esse processo de compartilhamento de dados é seguro, assim como o sistema financeiro brasileiro como um todo. Ele também reforça que o Open Finance tem uma prerrogativa positiva tanto para o consumidor quanto para as instituições de crédito.

"O objetivo é o seguinte: como os dados do usuário são dele, ao compartilhar os dados dele, ele vai ter acesso a mais ofertas. Então, os dados do usuário são do Banco 1, por exemplo, onde ele tem conta. À medida que esse usuário dá o consentimento e compartilha seus dados com N instituições, ele terá mais acesso a mais ofertas, vai ser mais instigada e fomentada a competição entre os prestadores de serviço", considera o especialista.

Um exemplo simples e prático refere-se ao momento em que um consumidor decide abrir a conta em um novo banco e pedir por um cartão de crédito. Normalmente, com os dados iniciais enviados, esta instituição oferece um limite baixo de crédito.

À medida que aquele usuário consome, o seu limite de crédito pode ser expandido. Mas, com o Open Finance, esse processo tende a ser mais célere.

"No mundo de cartão de crédito, se essa empresa soubesse tudo de você, o limite seria mais adequado para a sua necessidade. Mais rápido também. Qual é a vantagem na nossa relação com o cliente? Esses dados, quando o cliente compartilha, são de fácil acesso", complementa Neubern.

O CEO da TOTVS Techfin também explica que a solicitação para que o usuário aceite aderir ao Open Finance deve ser feita por cada instituição em que ele possui conta, não havendo uma forma de liberar a prática de uma só vez.

Outro ponto levantado pelo executivo refere-se à segurança na hora de fazer esse compartilhamento. Como em todos os procedimentos envolvendo contas bancárias, é importante ficar atento à forma de a instituição financeira se comunicar com você, para que não caia em um golpe.

"O usuário tem que estar muito atento. Existem bancos que falam: 'Olha, eu nunca vou te pedir senha por SMS'. Tem algumas prevenções que a gente fala muito e acho que o mais importante aqui é o fator educação, seja da pessoa física ou empresa", acrescenta.

Dados do Relatório Anual de Open Finance 2023:

  • 28 grupos de informações compartilhadas
  • +27,7 milhões de clientes (consentimentos únicos)
  • +42 milhões de consentimentos ativos
  • 946 instituições participantes, incluindo bancos, cooperativas de crédito e fintechs
Fonte: Redação Terra
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