Opep+ acelera aumentos na produção de petróleo, preços caem
Oito países da Opep+ concordaram nesta quinta-feira em avançar com o plano de eliminar gradualmente os cortes na produção de petróleo promovendo em maio um aumento da produção em 411.000 barris por dia, uma decisão inesperada que levou os preços do petróleo a ampliar perdas.
O petróleo, que já caía mais de 4% com o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de tarifas sobre parceiros comerciais, estendeu as perdas depois da declaração da Opep, com o petróleo Brent caindo mais de 6% para US$70 o barril.
Oito membros da Opep+, que inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia, haviam se programado para aumentar a produção em 135.000 barris por dia em maio como parte de um plano para desfazer gradualmente a camada mais recente de cortes de produção.
Mas após uma reunião realizada online nesta quinta-feira, o grupo anunciou que aumentaria a produção em 411.000 bpd em maio. A Opep citou "fundamentos de mercado saudáveis contínuos e a perspectiva positiva do mercado".
"Isso inclui o aumento originalmente planejado para maio, além de dois incrementos mensais", disse a Opep em uma declaração, referindo-se ao volume. "Os aumentos graduais podem ser pausados ou revertidos, sujeitos à evolução das condições de mercado."
O aumento de maio é o próximo de um plano acordado pela Rússia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque, Argélia, Cazaquistão e Omã para gradualmente desfazer o corte de produção mais recente de 2,2 milhões de bpd, que entrou em vigor este mês.
A Opep+ também tem 3,65 milhões de bpd de outros cortes de produção em vigor até o final do ano que vem para dar suporte ao mercado.
A decisão desta quinta-feira reflete em parte o desejo dos líderes da Opep+ de melhorar a conformidade com as cotas de produção, disseram analistas.
A produção recorde no Cazaquistão irritou vários outros membros do grupo, incluindo o principal produtor, a Arábia Saudita, disseram fontes à Reuters. A Opep+ está pedindo ao país da Ásia Central, entre outros membros, que faça mais cortes para compensar o excesso de produção.
