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Operações Empresariais

Frutas e especiarias brasileiras fazem sucesso na Europa

16 abr 2013 - 07h06
(atualizado às 07h06)
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Do sul ao nordeste do Brasil, a diversidade climática não agrada somente a turistas. Com frutas típicas de regiões tropicais, subtropicais e temperadas, o País é o terceiro entre os maiores fruticultores do mundo, com 44 milhões de toneladas produzidas em 2011, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atualmente, participa com 5,65% da produção mundial, atrás apenas de China e Índia.

O melão é a principal fruta de exportação, com 181 milhões de quilos vendidos em 2012, o equivalente a US$ 134 milhões
O melão é a principal fruta de exportação, com 181 milhões de quilos vendidos em 2012, o equivalente a US$ 134 milhões
Foto: Ibraf, Divulgação

De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), 31% das frutas frescas e processadas produzidas no País são exportadas. Em 2012, o Brasil vendeu o equivalente a US$ 618 milhões em frutas frescas - US$ 256 milhões para a Holanda; e a União Europeia chega a consumir cerca de 70% da produção brasileira. Reino Unido, Espanha, Estados Unidos e Alemanha também são, individualmente, compradores importantes para o setor.

Gerente técnico do Ibraf, Clóves Ribeiro Neto aponta que a situação das frutas brasileiras no mercado externo segue estável. “Desde 2008, nós estamos perdendo competitividade no mercado internacional, em razão dos nossos preços mais altos pelas tarifas, mas não houve grande diminuição nos volumes exportados. Em 2011 e em 2012, atingimos limite de exportação, e a tendência para 2013 é permanecer neste patamar”, estima. A principal fruta de exportação é o melão, com 181 milhões de quilos vendidos em 2012, o equivalente a US$ 134 milhões. “Pelas condições de safra e entressafra, o Brasil se especializou em produzir os melões mais consumidos no mundo, comercializados em todos os lugares”, explica Ribeiro Neto.

O gerente também destaca a uva, exportada durante a entressafra europeia, em novembro, como importante para o setor - uma vez que há poucos competidores -, e o limão, produzido o ano inteiro e que concorre apenas com o México. Em 2012, mangas e bananas também obtiveram bom desempenho, ficando, respectivamente, no segundo e no terceiro lugares nas exportações, com 127 milhões de quilos e 92 milhões de quilos, respectivamente.

Especiarias

De acordo com informações do Centro Internacional de Negócios, o cravo-da-índia correspondeu a US$ 15 milhões das exportações brasileiras no agronegócio em 2009. No País, quase toda a produção do insumo para comercialização provém da Bahia. A empresa Vitaspice, que se dedica ao setor de especiarias, produz cravo na região de Costa do Dendê, ao sul de Salvador. Os maiores mercados externos da companhia para o cravo-da-índia são Singapura, Dubai, México e Estados Unidos.

Dono da empresa, Frank Martinez aponta que a safra de 2012 foi fraca, mas em 2011 foram exportadas 650 toneladas. Em 2013, a expectativa é de que também haja uma grande produção. “O cravo-da-índia é um produto de ciclos: um ano é muito bom, o outro é mediano, e o seguinte é ruim”, explica Martinez, que também é engenheiro agrônomo.

Outras especiarias da Vitaspice também são bastante significativas no mercado externo. O carro-chefe da companhia é a pimenta-do-reino, com 1,2 mil toneladas exportadas em 2012, especialmente para Alemanha e Estados Unidos. A pimenta rosa, por sua vez, representou 140 toneladas nas exportações da empresa no ano passado.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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