Saiba o que são as blue chips do mercado financeiro

Termo corriqueiro dentro do mundo dos investimentos, as ações “blue chips” são aquelas consideradas “de primeira linha”, com alta liquidez, explica Aline Rabelo, coordenadora do InvestMania. Essas ações estão sempre atreladas a empresas de grande porte, bem estabelecidas e com boa reputação no mercado. O termo, conta Aline, vem dos cassinos: no pôquer, as fichas azuis (“blue chips”) são as mais valiosas do jogo. Transpondo o cenário para a Bolsa de Valores, as “blue chips” são, simplesmente, as fichas - no caso, ações - de maior valor agregado.

No entanto, Aline ressalta que a avaliação das blue chips é subjetiva: “Quem procurar no site da Bovespa por uma lista de blue chips não vai encontrar”. O motivo é simples: tal lista não existe. Ainda assim, algumas grandes empresas têm suas ações avaliadas por especialistas nesse patamar mais alto, como, por exemplo, Petrobras, Vale do Rio Doce, Gerdau e Banco do Brasil. “As ações dessas empresas têm muita liquidez, o investidor consegue transformá-las em dinheiro muito facilmente”, esclarece Aline.

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Por serem as mais valorizadas, as blue chips são também as ações mais procuradas e, logo, as mais caras. Apesar de ressaltar que, no mercado de ações, nenhuma operação está livre de riscos e o retorno nunca é garantido, Aline confirma que o investimento nessas ações, mesmo que mais custoso, pode representar mais segurança em relação a outros investimentos.

O segredo, segundo ela, é examinar as empresas nas quais pretendem colocar dinheiro, independente de elas serem blue chips. “É importante avaliar, saber o modelo de negócio e os projetos de investimento. Conheça a empresa na qual quer investir”, aconselha a especialista. No fim das contas, talvez a aplicação financeira mais correta para determinado perfil de investidor seja em uma empresa de médio ou pequeno porte.

A Petrobras e a Vale do Rio Doce, exemplifica Aline, mesmo caracterizadas como blue chips, vêm perdendo valor na Bolsa de Valores. O lucro líquido consolidado atribuível aos acionistas da Petrobras no primeiro trimestre de 2013 caiu 17% em relação ao mesmo período de 2012; o valor de mercado da empresa teve queda de 27%. Já o lucro líquido básico por ação da Vale caiu 6,8% no mesmo período.