Starbucks cresce junto com o mercado de café no Brasil
Rede fundada nos EUA tem 59 lojas próprias no País; seis foram abertas este ano, e mais duas serão inauguradas em julho
Um lugar para conversar, com um senso de comunidade, intermediário entre trabalho e casa. Com esta proposta, a primeira cafeteria da Starbucks abriu suas portas em Seattle, nos Estados Unidos, em 1971. De lá pra cá, já são mais de 15 mil lojas em 62 países, o que a torna a maior rede de cafeterias do mundo. No Brasil, há 59 lojas próprias, em um mercado em plena expansão.
A empresa não divulga números, mas o gerente de marketing da Starbucks Brasil, Renato Grego, avalia 2013 como um ano de crescimento, assim como 2012. “Até o momento já inauguramos seis lojas e, em julho, serão abertas mais duas”, afirma. Segundo Grego, o mercado de cafeterias no País está em expansão. “Não temos como divulgar uma projeção, mas certamente há bastante espaço para crescer. Hoje, todas as nossas lojas estão concentradas no eixo Rio-São Paulo, por exemplo”, comenta.
O fato de o Brasil ser um dos maiores produtores mundiais de café - e o segundo maior consumidor do mundo - contribui para o sucesso da empresa de torrefação e venda de café especial. “O mercado brasileiro traz muitas oportunidades para a Starbucks. Aqui, o café é consumido em diferentes momentos e de diferentes maneiras, como por exemplo o método espresso após o almoço e filtrado, puro ou com leite, pela manhã”, analisa o gerente de marketing.
A Starbucks compra café das três regiões de cultivo no cinturão do café, dos melhores produtores de café do mundo, incluindo do Brasil, para compor os blends distribuídos para todo o mundo. “Temos até um blend exclusivo de grãos brasileiros 100% arábica, o Brasil Blend”, explica Grego. Para o café brasileiro, ele avalia que há grande espaço no mercado externo, “especialmente para a espécie de grãos arábica. Os consumidores de cafés especiais estão crescendo no mundo todo”, indica.
Brasileiros consomem cada vez mais café
Conforme levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), os brasileiros consomem cada vez mais a bebida. Só no último ano-safra - entre novembro de 2011 e outubro de 2012 - a Abic registrou o consumo de 20,33 milhões de sacas, um acréscimo de 3,09% em relação ao período anterior. Em média, cada brasileiro consumiu 6,23 kg de café em grão cru ou 4,98 kg de café torrado, quase 83 litros per capita no ano. Um crescimento de 2,10% em comparação com o período anterior. De acordo com a associação, os brasileiros estão também diversificando as maneiras de sorver a bebida, adicionando ao café filtrado consumido nos lares os cafés expressos, cappuccinos e outras combinações com leite.
Para 2013, a Abic projeta o aumento contínuo do consumo fora do lar, com um número crescente de cafeterias e restaurantes oferecendo produtos de melhor qualidade. Desde 2004, o consumo fora do lar cresceu mais de 350%. Destaca-se a tendência da preparação em monodoses, isto é, cafés preparados para uma única xícara, como os expressos, os cafés em sachês, as cápsulas e os serviços de preparação em coadores e filtros, para passar uma única xícara feita na hora de café filtrado. Um hábito importado dos EUA, que se dissemina rapidamente nas casas de café.