Procura de brasileiros por seguro viagem cresceu 64% em 2012
Planejar a viagem não se resume apenas a comprar as passagens, reservar o hotel e arrumar as malas. Garantir que não se vá passar nenhum aperto no exterior também requer contratar um seguro, que cobre desde extravios ou perdas de bagagens a despesas hospitalares e médicas dos viajantes. O serviço, no entanto, ainda está sendo descoberto pelos turistas, que passaram a buscar mais tranquilidade.
Segundo levantamento feito pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), o seguro viagem foi o carro-chefe para o crescimento do setor de seguros de pessoas no ano passado, com a emissão de R$ 35,2 milhões em prêmios. Para se ter uma ideia, o volume foi 64% maior do que o registrado no ano anterior.
Para o diretor técnico da FenaPrevi, Alexandre Penner, esse crescimento é natural. “Os brasileiros estão criando a cultura de contratar seguros. Além disso, com o aumento de viagens para o exterior, é provável que esse número cresça ainda mais”, afirma.
Já na opinião do diretor comercial da Global Travel Assistance (GTA), Gelson Popazoglo, a divulgação de incidentes foi a grande responsável por esse número. “As pessoas começaram, a partir de notícias de acidentes, a tomar consciência da necessidade desse serviço”, diz.
Na hora do contrato, é fundamental atentar-se ao objetivo da viagem - lazer, trabalho ou estudo - e às necessidades do viajante. “Existem coberturas para cada perfil de turista, que vão de US$ 6 mil a US$ 150 mil. E se contratado incorretamente, o assegurado não receberá o atendimento”, ressalta Popazoglo. Ainda segundo o diretor, os continentes americano e europeu, que exige cobertura assistencial de, no mínimo, 30 mil euros para a entrada em alguns países, estão entre os destinos mais comuns para quem procura esse serviço.
Entre as coberturas mais solicitadas por brasileiros ao viajar para o exterior estão consultas e serviços médicos. Segundo ele, a mudança de clima é responsável pela maioria dos casos de atendimentos fora do País. “Por sermos um país tropical, demoramos a nos acostumar com temperaturas mais frias, o que pode causar dores e náuseas. Além disso, há acidentes mais graves, como fraturas e torções”, afirma.
Outra opção para quem pensa em viajar são os cartões de assistência, oferecidos pela GTA. Com eles, diferentemente dos seguros comuns, os turistas não precisam pedir o reembolso de consultas e atendimentos no exterior, já que o valor está incluso na cobertura. “É importante lembrar, porém, que ambos os serviços devem fazer parte do planejamento da viagem, já que só podem ser contratados até o momento do embarque”, aconselha Popazoglo.