País vai bem e não sente falta do 'Posto Ipiranga', diz presidente da Apex sobre nota da Moody's
Jorge Viana afirma que decisão da agência internacional de elevar nota do Brasil é o reconhecimento da melhora da economia brasileira; ApexBrasil inaugurou escritório na capital paulista nesta sexta
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, ao comemorar a elevação do rating do Brasil pela Moody's para um patamar abaixo do grau de investimento, disse que o Brasil "vai bem" e que ninguém sente falta do "Posto Ipiranga", que "dizia resolver tudo". Sua fala faz referência ao apelido que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu ao seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
"No governo anterior tinha um 'Posto Ipiranga' que dizia resolver tudo. Mas ninguém sente falta do 'Posto Ipiranga'", afirmou. Viana exaltou a decisão da Moody's alegando ser o reconhecimento da agência de classificação de risco à melhora da economia brasileira.
Segundo ele, muita gente não entende a importância de um país conseguir o selo de bom pagador das agências internacionais, mas é preciso explicar que o "investment grade" é importante porque grandes fundos internacionais, por questões de compliance, não podem investir em países sem o selo.
Viana inaugurou nesta sexta-feira, 4, o escritório da ApexBrasil na capital paulista, onde lançou o "Painel de Oportunidades de Exportação para Governos Estrangeiros". A cerimônia conta com as presenças do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França.
Viana, ao longo de seu discurso, disse que a ApexBrasil vai qualificar 1.825 empresas na capital e no interior paulista para exportar para governos de outros países.
Ele ressaltou a importância de São Paulo para as exportações brasileiras e criticou o governo anterior, por, segundo ele, ter virado as costas para São Paulo e reduzido a presença da ApexBrasil no Estado.
Segundo a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), estima-se que as compras governamentais representam, em média, 15% do PIB dos países. São oportunidades que, segundo a ApexBrasil, empresários brasileiros ainda não têm aproveitado em toda a sua extensão.