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País voltará a crescer a partir de julho, diz Guedes

'Assim que forem aprovadas as reformas, o Brasil retomará o seu caminho de crescimento sustentável', disse o ministro da Economia nesta segunda-feira, 6, após encontro com o presidente Jair Bolsonaro

6 mai 2019 - 16h47
(atualizado às 17h13)
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Depois de o mercado reduzir a estimativa de crescimento da economia para este ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil voltará a crescer a partir de julho.

"Assim que forem aprovadas as reformas, o Brasil retomará o seu caminho de crescimento sustentável. Não há novidade nenhuma nessa desaceleração econômica, o Brasil está prisioneiro de uma armadilha de baixo crescimento e nós vamos escapar com as reformas", afirmou Guedes, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que visitou o ministério nesta segunda-feira."O Brasil de julho em diante está crescendo de novo".

O presidente falou da importância da reforma da Previdência. Bolsonaro disse que a alternativa para o caso de o País continuar tendo déficits seria "imprimir moeda", mas lembrou que, com isso, haveria aumento da inflação. "Poderíamos ainda pegar empréstimo lá fora, mas será que querem emprestar pra nós? Com que taxas de juros? Não tem alternativa, é a reforma da Previdência", completou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante solenidade de assinatura da medida provisória (MP) da "liberdade econômica" - como é chamada pelo governo -, no Palácio do Planalto (DF), em Brasília, nesta terça-feira (30). A MP altera legislações sobre pequenos negócios e startups. O Congresso Nacional tem até 120 dias para aprovar o texto.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante solenidade de assinatura da medida provisória (MP) da "liberdade econômica" - como é chamada pelo governo -, no Palácio do Planalto (DF), em Brasília, nesta terça-feira (30). A MP altera legislações sobre pequenos negócios e startups. O Congresso Nacional tem até 120 dias para aprovar o texto.
Foto: Dida Sampaio / Estadão

Questionado sobre cortes no orçamento da Educação, o presidente disse que o ideal seria que Orçamento fosse cumprido na íntegra, mas a expectativa de receita vem caindo, por isso necessidade de contingenciamentos. Ele disse, no entanto, que, no caso do Ministério da Educação, não houve contingenciamento, mas realocação de recursos entre áreas. A pasta, no entanto, foi uma das atingidas pelo corte no Orçamento anunciado em março.

Crescimento

Nesta segunda-feira, os analistas de mercado revisaram a expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 de 1,70% para 1,49%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Guedes disse que isso é normal e que o país vinha crescendo muito abaixo disso, 0,5% ao ano. "O mundo está em desaceleração, o Brasil é o contrário, era prisioneiro de uma armadilha do baixo crescimento e vai recuperar crescimento econômico pelo caminho das reformas. Vamos começar a simplificar e reduzir impostos, vamos fazer a descentralização para Estados e municípios", completou.

O ministro disse ainda que o programa "Minha Casa, Minha Vida" está sendo reavaliado e que estão sendo mantidas conversas entre a Economia e a Caixa para recalibrar o programa. "Tinham 70 mil casas devolvidas, 60 mil casas não terminadas. O programa precisa passar por reavaliações", afirmou. Segundo Guedes, no entanto, o programa não foi contingenciado pela equipe econômica e a Caixa segue liberando recursos.

Estadão
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