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Panorama geral para você entender a Reforma Tributária

30 dez 2024 - 06h39
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Resumo
Aprovada em dezembro de 2023, a Reforma Tributária brasileira visa unificar cinco tributos sobre o consumo em um único Imposto sobre Valor Agregado (IVA), buscando simplificar o sistema tributário e reduzir a carga burocrática para as empresas.
Panorama geral para você entender a Reforma Tributária:

A Reforma Tributária brasileira, aprovada em dezembro de 2023, representa um marco significativo na tentativa de modernizar e simplificar o complexo sistema tributário do país. O objetivo central da reforma é unificar cinco tributos sobre o consumo — PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS — em um único Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que será dividido em dois componentes: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) para estados e municípios e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para a União. Essa mudança visa não apenas simplificar a arrecadação, mas também aumentar a transparência e a eficiência do sistema tributário, que há muito é considerado caótico e ineficiente.

Os prós da reforma são diversos. Em primeiro lugar, a simplificação do sistema tributário deve reduzir a carga burocrática enfrentada pelas empresas, permitindo-lhes economizar tempo e recursos que atualmente são gastos na gestão de múltiplos tributos. Essa redução de custos pode aumentar a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional, potencialmente impulsionando o crescimento econômico. Além disso, a reforma promete uma maior segurança jurídica ao estabelecer regras claras e uniformes para a tributação, o que pode atrair mais investimentos estrangeiros. Outro ponto positivo é a expectativa de que a nova estrutura tributária favoreça uma distribuição mais equitativa dos recursos entre os estados, ajudando a mitigar as desigualdades regionais.

Entretanto, existem também contras associados à implementação da reforma. Um dos principais desafios é a resistência política e administrativa à mudança, uma vez que muitos estados e municípios podem perder receita com a nova sistemática de distribuição de impostos. Além disso, enquanto a reforma pretende manter a carga tributária total inalterada, há preocupações de que algumas alíquotas possam ser elevadas em setores específicos para compensar perdas em outros lugares. A transição para o novo sistema será gradual e poderá levar até 2033 para ser completamente implementada, o que gera incertezas sobre como as mudanças afetarão as empresas durante esse período.

Outro aspecto crítico é que, embora a reforma busque eliminar distorções como a bitributação, sua complexidade inicial pode gerar confusão tanto para contribuintes quanto para administradores fiscais. Além disso, há receios de que as novas alíquotas do IVA possam ser elevadas demais, especialmente em um país onde já existe uma carga tributária considerada alta. A eficácia da reforma dependerá de uma implementação cuidadosa e da capacidade do governo de comunicar claramente as mudanças à população e ao setor produtivo.

Em suma, a Reforma Tributária brasileira tem o potencial de transformar profundamente o ambiente fiscal do país, promovendo maior eficiência e justiça no sistema tributário. No entanto, seu sucesso dependerá da superação dos desafios políticos e administrativos que acompanham qualquer mudança significativa em um sistema tão intrincado.

Assista ao vídeo com o comentário de Karen Semeone, advogada tributarista e tax manager na Systax.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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